Assim que Ming voltou para o carro, Pa encarou Pat e Pran com um sorriso gigantesco e os abraçou, puxando o pescoço de cada um com um dos seus braço e enfiando sua cara entre os rostos deles.
“Acho que vai ficar tudo bem!” Ela disse alto e em seguida sussurrou no ouvido de ambos “inclusive para vocês.”
Pat estava tenso e feliz ao mesmo tempo e Pran não parava de sorrir. Quando ele abraçou Ink e comentou que esperava ter a companhia dela nos jantares de família, Pa concordou e discretamente tirou as mãos de dele das mãos de sua namorada e ele recuou rindo e na defensiva. Quando as duas se afastaram, Pat o cutucou suas costelas com o dedo indicador.
“Precisava abraçar a Ink desse jeito?” Ele resmungou e saiu andando.
Pran correu atrás dele tentando se desculpar.
_______________À noite, enquanto Pat tomava banho, Pa e Pran cochichavam sobre a conversa de Ming com Ink; pelo que a garota havia apurado, seu pai ainda não tinha falado com a mãe e na opinião de Pran era questão de tempo até ele falar, eles não precisariam ter receio, só deveriam aguardar.
Dissaya ficava de longe vigiando o filho e Pa conversando e, de canto, verificava se a amiga ainda estava incomodada com a proximidade entre os dois. Apesar da sua raiva, ela estava triste por ver a amiga tão apática. Elas nunca tinham ficado tanto tempo brigadas e isso a incomodava.
Quando todos estavam sentados à mesa, as crianças falavam sobre o jogo da tarde e Pa provocava Pat por ter perdido gols fáceis.
“Se você não ficasse se mostrando para as garotas da torcida adversária, não teria se distraído.” A garota disse.
Pat quis se vingar do abraço de Pran em Ink e imaginava que isso iria deixar o namorado bravo. O que ele não esperava era que Pran manteria aquele olhar de deboche durante toda a partida, sem demonstrar ter sido afetado pelo que ele fazia e isso o deixou sem graça e perdido em campo.
“Eu não estava me mostrando.” Ele retrucou irritado.
“Se você tivesse marcado gols na mesma quantidade de vezes que mostrou seu abdômen, a gente tinha goleado o outro time.” Pran não perdeu a oportunidade de alfinetá-lo.
“Filho, você quer um pouco de carne? É a sua preferida, não é?” A mãe de Pat colocou um pedaço generoso de frango no prato de Pran e Dissaya mantinha seus olhos fixos nela.
“Obrigado, tia!” Pran agradeceu e sorriu para ela, que ficou com os olhos marejados.
“Eu também quero, mãe!” Pat esticou seu prato em direção a mãe e ela colocou um pedaço menor para ele. “Por que ele recebeu o maior?’ Ele resmungou.
“Porque ele é o filho preferido dela!” Pa provocou o irmão, que bufou.
“Parem vocês dois!” Ming advertiu “Não existe isso de filho preferido nessa casa. Nós quatro amamos vocês três da mesma forma.” Ele encarou Dissaya, pois sabia o que ela pensava de Pat; o marido dela havia contado suas impressões sobre o término do namoro do filho e Ming o defendeu, dizendo que Pat tinha ficado muito magoado quando a garota terminou com ele.
“Mentira! O Pran sempre é protegido e a Pa é mimada!” Pat choramingou.
“Ohh tadinho do Pat! É um bebê chorão!” Pran deu duas batidinhas na cabeça do namorado, que afastou sua mão com um tapa.
“Tão injustiçado!” Pa fingiu limpar suas lágrimas.
“Você é muito bruto, Pat!” Dissaya falou e todos se calaram “Mas eu sei que é seu jeito de extravasar seu amor e, além disso, seu coração é generoso, filho!” Ela e a mãe de Pat trocaram olhares afetuosos.
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Tic Tac Toe Bad Buddy Multiverso
FanfictionE se Pat e Pran fossem criados juntos? E se não houvesse brigas entre as famílias? Essa história começou com um pensamento aleatório e foi tomando forma e crescendo dia a dia e eu não consegui ignorar. Tic Tac Toe, ou Jogo da Velha, é uma brincadei...