Tic Tac Toe Bad Buddy Multiverso

Parte 63

Pat falou que gostaria de conversar com sua mãe sozinho, Pran concordou, se despediu e voltou para seu quarto.

O barulho que a cama fez no momento em que ele se sentou pareceu maior do que das outras vezes. Essa cama sempre foi assim e ele nunca tinha percebido? Pran coçou a nuca e deitou.

Sua mãe sabia e aceitava. Isso era incrível. Pran se deitou de lado e cheirou o travesseiro em que Pat tinha dormido, porém não tinha mais o cheiro dele. Ele tinha trocado os lençóis sujos, não era uma opção mantê-los, contudo ele sentia falta do odor do namorado, porque isso o acalmava.

Pran cochilou e ao acordar viu que Pat havia mandado algumas mensagens. Ele tinha contado para mãe e estava tudo bem. Seu pai tinha combinado de ir visitar um amigo e Pat reclamava de não poder ficar em casa dormindo. Ele tinha mandado vários gifs de cachorrinhos cansados, tristes e abandonados e Pran se divertia com este drama. Pran respondeu dizendo que tinha dormido e Pat visualizou no mesmo instante. Ele reclamou de que só voltaria para casa no final da tarde.

Eles trocaram mensagens durante todo o dia e se viram pela janela à noite.

Na manhã seguinte, os dois foram para escola e não paravam de trocar olhares apaixonados. Pran, que geralmente era mais arredio a ter contato físico, vez ou outra deitava a cabeça no ombro de Pat.

Um pouco depois deles se afastarem para ir ao vestiário se trocar para o treino, Safe comentou com Korn e Wai que estava feliz por eles terem feito as pazes. Ele se despediu e o casal se entreolhou.

“Eles transaram!” Wai disse.

“Com certeza!” Korn concordou, beijou a bochecha do namorado e correu para o vestiário também.
_______________

Pat ainda tinha receio de contar para o pai, então eles pediram para que as mães mantivessem esse segredo por mais um tempo. Elas diziam que não havia problema em contar, que estariam ao lado dos dois o tempo todo, mas respeitariam o tempo dele.

Para os garotos, parecia que cada dia ficava mais difícil se manter longe um do outro. Durante o jantar em família, eles evitam de se encostar perto dos pais, mas o joelho de Pat sempre empurrava a perna de Pran debaixo da mesa, ao passo que Pran apertava e cutucava a barriga de Pat. Quase não havia troca de olhares, entre eles, mas nas poucas vezes que o faziam, eles sorriam.

Dissaya disfarçava, Pa revirava os olhos e a mãe de Pat observava em silêncio, e as três estavam felizes por eles. Enquanto tudo isso acontecia, os maridos falavam sobre uma receita nova que queriam testar no próximo jantar.

Depois do jantar, eles resolveram ir para o jardim, seria estranho ir para o quarto com toda familia na casa de Pran. Não demorou muito, Pat arrastou o namorado para sua casa e os dois chegaram ofegantes no quarto dele.

Pat se jogou sobre sua cama, deitou, sentou e pulou. Pran assistia a tudo isso encostado na porta, sem entender o que tinha acontecido com ele.

“Minha cama é mais barulhenta que a sua!” Pat explicou ao ver a cara confusa de Pran.

“A gente não vai transar hoje, Pat!” Pran sentia suas bochechas e orelhas arderem de vergonha.

“Eu só estava testando.” Pat falou fingindo inocência.

Pran bufou, se virou e começou a mexer nas coisas que estavam na prateleira acima da sua mesa.

“O que você fez com aquela revista?” Pran perguntou.

“Devolvi pro Korn.” Pat levantou e abraçou o namorado pela cintura.

Um arrepio correu por todo seu corpo ao sentir o calor dele nas suas costas. Pran respirou fundo e tentou parecer tranquilo quanto a esse ataque. Sem se dar conta, ele movia os livros, carrinhos e outras coisas que Pat guardava, tentando colocá-las de forma mais alinhada.