- Me dá isso aqui. Tentou pegar o celular das mãos de Irene, visivelmente nervoso. Me dá isso Irene. Eu vou ligar agora pra esse desgraçado. Ameaçou.
- Não adianta. Encarou, assustada. Você não percebe que não adianta mais? Ele sabe o que quer... Ele já decidiu. Ele vai me matar, Antônio... Saiu do quarto da filha, indo em direção ao de Petra, onde Antônio estava dormindo nos últimos meses. Ele vai me matar... Balançou a cabeça, incrédula.Antônio On:
Eu não posso perder a Irene. Não dá. Eu não consigo. Deixar que ela morra nas mãos de Damião ou qualquer outra pessoa, é assinar a minha sentença de morte. Eu já sei que não consigo viver sem ela. Já sei que não serei capaz de criar Aruna sem ela. Já sei que nada mais fará sentido se ela não estiver aqui amanhã. Ao alcance de meus olhos. Sã e salva.- Eu não vou cruzar os braços e esperar você morrer, Irene. Entrou no quarto de Petra, logo em seguida. Eu não vou ficar aqui parado enquanto esse cara ameaça você e a minha filha. Encarou, enquanto ainda a segurava. Eu não vou. Gritou, inconformado. Você tá me escutando?
- Não se preocupe. Pediu. Ele prometeu que só vai me matar depois que ela nascer, se sentou na cama de Petra, enquanto segurava firmemente a barriga, tentando acalmar a filha. Ela fica com você. Encarou o homem. Eu confio em você pra cuidar dela. Você é o pai dela. Lembrou.
- Ela vai ficar comigo e com você. Gritou, enquanto puxava os cabelos. Nem que eu precise voltar a matar pra isso. Encarou. Nem que eu precise pegar novamente a minha arma e matar esse cara, com as minhas próprias mãos.
- Você não vai fazer isso. Se levantou para segurá-lo. Antônio?! Por favor, você tem que prometer que não vai fazer nada disso. Sacudiu o homem. Isso estragaria tudo... O encarou. Antônio, eu quero acreditar que você mudou. Que você é um homem melhor.
- Eu mudei. Afirmou. É claro que eu mudei. Mas, eu não posso deixar a mulher que eu amo morrer. Encarou Irene, com os olhos marejados. Será que você não percebe como é insuportável pra mim a ideia de ficar sem você? Será que você não vê o quanto tá sendo difícil?
- Tá sendo difícil pra você? Encarou, enquanto ria, irônica. E como você acha que eu me sinto? Como você acha que têm sido pra mim, Antônio?! Gritou. Como?
- Eu não sei. Às vezes você parece conformada. Parece querer ir com ele. Revelou, chateado. Foi pra isso que você voltou? Pra fazer o que a Ágatha fez? Você vai deixar a Aruna comigo e ir embora com ele? Cobrou explicações. Você quer me deixar sozinho. Acusou.
- Eu não acredito que você está me comparando de novo com essa mulher. Gritou. Se você acha que eu sou essa vagabunda que você mais uma vez insiste em dizer que eu sou... Eu não tenho mais motivos pra ficar Antônio. Encarou o homem. Eu saio agora dessa casa e você não me vê, nunca mais. Eu prefiro assim... Prefiro não te ver do que ter que te ouvir falar assim... Impressionante como você continua incapaz de acreditar em mim. Reagiu, incrédula.
- Irene... Mudou de ideia ao ver que a mulher havia se sentado na cama. Me perdoa, eu...
- Você não faz ideia do inferno que eu vivi em Corumbá. Desabafou. Você não sabe tudo que eu precisei enfrentar pra garantir que a Aruna ficasse bem e a salvo. Alertou. Eu não vou fugir com ninguém. E se você me conhecesse o bastante, saberia que eu jamais deixaria minha filha pra trás. Voltou a gritar. Com quem quer que seja. Impressionante como eu continuo sendo um objeto de decoração pra você. Eu...
- Eu tô com medo. Gritou. Eu tô com medo de perder você. Se afastou, depois de redirecionar novamente o olhar para ela. Eu não posso. Eu não consigo e eu não vou perder você. Isso não pode acontecer justamente agora.
- Como assim, justamente agora? Encarou, enquanto ainda chorava.
- Agora que eu descobri que tô apaixonado por você. Gritou. Agora que eu sei que você é o grande amor da minha vida.
- Antônio... Advertiu, por favor...
- Você pode ignorar o que eu sinto, pode me evitar, pode me maltratar e fazer ajoelhar aos seus pés, implorando por um beijo seu. Tudo bem, eu mereço. Mas o que eu sinto por você é real, Irene. A deixou boquiaberta. Eu sei que eu te fiz sofrer. Sei que eu te fiz duvidar de muitas coisas. Sei que eu te traí, menti... Eu sei. Ninguém errou mais que eu nessa vida. Eu realmente fiz tudo errado. Mas eu não mereço ficar sem você pra sempre. Se sentou no canto oposto do quarto. Eu não posso suportar isso. Não posso.
- Eu sei que ser um pai sozinho, de novo, é um gatilho pra você. Entendeu. Eu sei que você tem medo. Mas, você vai conseguir. Você é e sempre foi um bom pai Antônio. Quando a Ágatha foi embora você achou que não fosse conseguir... Lembrou. Mas, olha pra você... Conseguiu. Chorou.
- Você não entendeu o que eu disse? Se aproximou. O que eu achava que sentia pela Ágatha não é nem a ponta do iceberg que eu sinto por você. Eu não sei o que aconteceu, Irene. Eu não sei em que momento isso mudou. Alisou seu ventre ao chorar. Eu só sei que isso aqui, essa família que nós construímos de novo, só faz sentido com você do meu lado. Você é a única pessoa capaz de reconstruir a minha vida outra vez. Como fez no passado. Afirmou, antes de tentar beijá-la, sendo impedido por ela.
- Eu não vou medir esforços pra proteger a Aruna. Afirmou. Eu não vou descansar até que ela esteja nos seus braços, a salvo. Chorou. E se eu tiver que morrer por isso, ótimo, parece um bom motivo pra partir. Se você me ama tanto assim... Vai entender isso. Deu de ombros, tentando fingir tranquilidade. O resto não importa. Mentiu.
- Então eu espero que você saiba que vai me matar. Encarou, cansado, descabelado e triste. Junto com você. Cedeu, enquanto saia do quarto batendo a porta.
- Drogaaaaa. Gritou, arremessando os travesseiros no chão do quarto. Que droga. Maldito Damião. Se desesperou. Maldito. Desabou.
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Antorene: The After
FanfictionE se Irene decidisse fugir da polícia? E se fosse obrigada a deixar Antônio para trás? E se Antônio fosse condenado a pagar por todos os crimes que cometeu, preso dentro de seu próprio império? Sozinho, como sempre temeu estar, até mesmo durante as...