Antônio On:
Eu não consigo parar de pensar na Irene. Desde que a vi naquela delegacia, meu coração não me deu sossego. Eu a amo. Meu Deus, como eu a amo. E mesmo que ela nunca me perdoe por todo mal que fiz a ela, e eu espero que perdoe, eu sei que nunca vou deixar de ama-la. E mesmo que isso me insensive, como homem, eu já não sou capaz de mentir pra mim. Não sou. E nem quero mais.- O que eu sinto por ela é muito forte italiano. Desabafei. Nós tivemos uma vida inteira juntos. E eu sei que não foi o suficiente para que eu deixe de querer essa mulher com todas as minhas forças.
- E a Agatha? Hai sempre disse che a l'amavi come non averi mai amato un'altra donna in vita tua. Encarou. Pensavo che non amassi Irene.
- Eu também pensava italiano. Se levantou, incomodado. Pensei nisso até que Irene escorresse pelos meus dedos e eu a perdesse. Mas a verdade é que, o que eu senti pela Ágatha não chega nem perto do que eu aprendi a sentir pela Irene. Revelou, deixando o italiano boquiaberto. Eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por ela Luigi. Nunca. Ela mexe com todas as células do meu corpo. Ela tira tudo do lugar.
- Vocês se viram alla stazione di polizia?
- Sim. E desde aquele momento, eu não consegui ter paz de novo.
- Se la ami così tanto, dovresti cercarla, dirle tutto quello che provi.
- É italiano... Eu acho que você tem toda razão.Irene On:
Antônio sempre soube mexer comigo. E eu admito que, em alguns momentos, já me perguntei sobre a condição desse sentimento. Achei que fosse gratidão. Achei que deveria servi-lo, já que ele havia me tirado do lugar onde eu mais odiava estar. Mas a verdade é que, nunca foi por interesse. Talvez eu tenha amado Antônio, antes mesmo de saber quem ele era. Eu sei que a maioria das pessoas, nunca serão capazes de acreditar nisso, e também já não me importa mais, o que pensam a meu respeito. O fato é que, eu sei que mesmo errando tanto, com tantas pessoas... Eu soube amar Antônio. E tudo o que eu senti por ele, foi de verdade.- Ahh meu Deus, essa campanhia de novo. Reclamou ao atender a porta. Petra nunca deixa essa mania de esquecer as chaves em casa e... Antônio?! Reagiu, sem conseguir esconder novamente a barriga. O que você está fazendo aqui?
- Irene?! A encarou chocado. Você... Você está grávida? Eu não sabia que...
- Vai embora Antônio. Pediu. Vai embora da minha casa, por favor.
- Não. Eu não vou. Reagiu, ainda em choque. Eu vou falar com você de qualquer jeito. Não me pede pra ir embora, por favor. Pelo que vejo, nós temos muito o que conversar, não é?
- Engraçado que... Eu nunca vou esquecer da forma como você me fez sair da sua casa. Largou a porta, enquanto deixava o homem entrar. Eu também pedi pra ficar. Pedi que você me perdoasse mas... Você não quis me ouvir. Me deixou sozinha. Remoeu. Me fez sair de lá, humilhada. Me arremessou pra fora do nosso quarto. Me jogou fora, como se eu fosse um lixo. Chorou.
- Eu sei que errei muito com você. Mas, tenta me entender Irene, eu estava revoltado. Tinha acabado de saber que você era responsável pela morte do Daniel. Justificou. Eu amava tanto aquele menino que nutri vingança todo esse tempo. Desde que soube que aquela noite que me tirou ele, não foi só um acidente.
- Eu mais que ninguém, me lembro daquela noite todos os dias Antônio. O encarou. Mas, ao contrário de você eu... Eu não sei se faria com você, o que fez comigo. Se afastou do homem, que começava a se aproximar. Naquele dia, eu prometi que não voltaria a me diminuir e me humilhar pra caber na sua vida, Antônio. Nunca mais..
- Esse filho é meu não é? Tentou se aproximar. Esse filho que você tá esperando é meu filho não é? Perguntou, desesperado.
- Não. Mentiu. Esse filho, não é seu filho Antônio. Revelou.
- Mas é claro que é Irene. Claro que é meu filho. Você tá dizendo isso porque quer que eu me afaste, que eu te deixe em paz e...
- Vai embora. Gritou. Sai da minha casa. Sai da minha vida. Sai daqui. Pediu.
- Eu não vou sair da sua vida. Não vou. Muito menos agora que eu sei que você tá esperando um filho meu.
- Ele não é seu. Voltou a mentir. Esse filho não tem nada a ver com você Antônio.
- Eu não acredito. Enfrentou. A menos que... Você voltou a se envolver com aquele geólogo? Voltou a se enroscar na cama com ele depois do julgamento? Você voltou a ser amante do Vinícius? Indagou. Voltou a estar com ele, mesmo depois de eu ter dito que...
- Sai. Pediu. Sai da minha casa por favor. Abriu a porta. Sai e não volta mais aqui. Chorou. Nunca mais.Irene On:
Aquilo doeu. Mentir doeu. Doeu como se eu nunca mais pudesse respirar de novo. Doeu como se aquele homem tivesse roubado a minha vida, e se fosse o único detentor da chave. Senti meu corpo enfraquecer antes de chorar desesperada. Sofri naquela noite, como se o mundo tivesse acabado. E a única coisa que eu queria dizer é que não, eu não voltei a me envolver com ninguém. E que não, esse filho não é do Vinícius porque, eu nunca amei outro homem. Nunca amei outro homem que não fosse o Antônio. E talvez, essa tenha sido a minha maior perdição.
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Antorene: The After
FanfictionE se Irene decidisse fugir da polícia? E se fosse obrigada a deixar Antônio para trás? E se Antônio fosse condenado a pagar por todos os crimes que cometeu, preso dentro de seu próprio império? Sozinho, como sempre temeu estar, até mesmo durante as...