[• Nova Primavera (MS), 2023 •]
- Como não pode fazer nada? Tem que ter um jeito Silvério. Tem que haver um jeito de encontrar a Irene. Eu preciso que você a encontre e traga ela pra mim. Andou desesperado pela longa sala de sua mansão.
- Eu não tenho como fazer isso, Doutor Antônio. Não faço a menor ideia de onde possa estar a Irene. Ela pode estar em uma cidade vizinha ou em outro país.
- Mas, nem que ela esteja em outro planeta, Silvério. Eu já disse, eu preciso dessa mulher. Bateu os pés, como se fosse uma criança fazendo pirraça. Eu preciso dessa mulher na minha vida. Admitiu.
- Doutor Antônio, se eu a encontrasse, não acredito que ela voltaria para Nova Primavera. Foi sincero. Como disse, vocês tiveram uma briga horrível e ela foi arremessada para fora de casa. Lembrou.
- Eu sei, eu sei... Balançou a cabeça. Eu não devia ter feito isso. Não devia. Mas, quando eu soube do que ela tinha feito, eu perdi a cabeça, Silvério. Foi mais forte do que eu. Lembrou. Saber que a Irene foi responsável pela morte do nosso filho acabou comigo.
- É... Isso é mais um motivo forte para que ela não volte. Como o Senhor, a Irene também tem alguns processos para responder. Não acho que ela iria querer voltar para cá e se entregar à polícia.
- Você não é pago para achar nada Silvério. Faz o que eu tô te pedindo. Implorou. Encontra a Irene e trás ela pra mim. O resto, deixa comigo que eu resolvo. Deixa que eu resolvo. Acabou.
Eu só preciso dela. Fechou os olhos enquanto o advogado ia embora. Só preciso dela aqui.[• Nova Primavera (MS), 1993 •]
- Antônio?! Se surpreendeu, como se nunca tivesse me visto entrar em seu bar.
- Como vai Cândida? Eu agradeço a sua recepção, mas não sei porque você está tão surpresa... Agiu como se nunca tivesse me visto aqui. Encarou todos os lados, até fixar os olhos em um único espaço, onde uma mulher, cuja beleza ele nunca tinha visto igual, repousava, semi encostada sobre o balcão. Quem é ela? Apontou, ainda em choque.
- Aquela é a Irene. Explicou. Chegou a pouco mais de um mês. É muito bonita, misteriosa e faz muito sucesso com os homens daqui. Elogiou. Você a quer?
- Quero. Concordou. Eu quero conhecê-la.
O homem deu mais um gole na bebida, enquanto via Cândida chamar pela moça. Ela atravessou imediatamente o salão e o encarou, sem muita expressão, até que fossem apresentados e ela esboçasse um sorriso. Tinha curvas magníficas, longas e bonitas pernas, cabelos negros, olhar marcante e boca bem desenhada. Não era como as outras. Não parecia desesperada por um cliente. Sabia esperar que um homem a escolhesse por si só. E por isso, atraiu sua atenção. Uma excelente companhia para passar a noite comigo.🔥 ALERTA HOT 🔥
- Bom, aqui é o meu quarto. Apresentou, enquanto mascava um chiclete de hortelã.
- Você parece muito organizada. Adentrou o local, enquanto Irene trancava a porta. É bem limpo e forrado. Eu sou o primeiro cliente da noite? A encarou.
- É. Afirmou. Mas, eu creio que você não deve ter vindo até aqui para ver a arrumação do meu quarto. Se aproximou, sedutora.
- E não vim mesmo. Deu de ombros, enquanto tocava sua cintura, alisando-a em toques leves. Você é muito atraente. Encarou sua boca, enquanto a moça retirava o chiclete e o arremessava perfeitamente na lixeira. Beijando-o em seguida. Um beijo longo, quente, e de bom encaixe.
- Agora me diz... Começou a retirar as próprias roupas, antes de expor uma linda lingerie, que acentuava seus seios fartos, os marcando. Como quer fazer? As arremessou contra ele.
- Assim. A puxou para si, como se ela já fosse sua. Beijou toda a extensão de seus ombros, até que a alça de seu sutiã vinho bordô, fosse aberto. Os beijos ficaram mais fortes e tomaram rumos diferentes. Em pouco tempo, o homem e a mulher estavam sobre a cama, nus, e ofegantes.
- Perai, Perai... Retirou as mãos do homem de suas fartas coxas. Eu preciso pegar a camisinha. Tentou se afastar, sendo puxada novamente. Você tem muita sede. Alisou sua barba. É bem safadinho e apressado. Cheirou seu pescoço, enquanto se arrastava por seu colo.
- Precisa de camisinha não. Voltou a beijá-la. Eu não gosto dessas coisas. Prefiro pele na pele. Segurou seu corpo, com as duas mãos, antes de se encaixar dentro dela, que arfou sobre seu colo, virando-se para trás.
- Nossa... Sussurrou, enquanto subia e descia. Que delícia. O encarou, antes de deixar escapar alguns gemidos. Você sabe fazer gostoso. Deve ser por isso que as mulheres daqui brigam tanto por sua causa. Voltou a beijá-lo.
- Você também é maravilhosa. Cheirou seu pescoço. Quente. Apertada. Deu feedback. Do jeito que eu gosto. Virando-a na cama, ainda encaixado nela.
- Antônio?! Chamou, sensual, agarrando seu pescoço. Eu não quero sair mais desse quarto hoje. Cochichou. Você pretende me acompanhar por toda noite? Humm? Suspirou, enquanto sentia suas mãos por todo seu corpo.
- Não tenha dúvidas. Afirmou, acelerando os movimentos, enquanto se deitava inteiramente sobre ela.[• Nova Primavera (MS), 2023 •]
- Agora me diz o que eu faço com esse desejo que eu tenho por você? Encarou a foto da esposa ao fundo da sala. O que eu faço sem você aqui? Na nossa casa. E na nossa cama? Perguntou, como se ela pudesse responder. Eu preciso de você, Irene. Preciso de você de novo pra mim. Eu preciso.
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Antorene: The After
FanfictionE se Irene decidisse fugir da polícia? E se fosse obrigada a deixar Antônio para trás? E se Antônio fosse condenado a pagar por todos os crimes que cometeu, preso dentro de seu próprio império? Sozinho, como sempre temeu estar, até mesmo durante as...