Capítulo 13

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POV: Alice

Estou no carro com o Luca, estamos indo para minha casa, ainda não acredito que aquela sem noção proibiu a entrada dele, como uma pessoa pode ser assim? minha vontade era de subir com ele sim, só para afrontar ela, só não fiz isso por causa do Luca mesmo.

Sinto a mão dele na minha perna e viro o rosto para olha-lo.

- Não fica assim, está tudo bem, outro dia você me leva para conhecer lá. - Ele diz e dá uma piscadinha.

Luca é muito atraente, e também é o meu personal, e também meu amigo, e também o cara com quem já dei uns beijinhos, ele é super gentil comigo, me trata bem, mas simplesmente não consigo sentir nada além de carinho por ele.

- Assim como? - Pergunto.

- Desde que a gente saiu de lá você está com uma cara de brava, é até engraçado - ele solta um risinho e eu fecho ainda mais a cara, e ele para - Só ficou olhando para a janela perdida em pensamentos, o que foi que aconteceu lá? - Ele pergunta.

- Nem eu sei, para falar a verdade, lembra que comentei com você dá minha amiga Malu? - Ele faz que sim com a cabeça, prestando atenção na pista - Então, essa tal Sant mora no mesmo morro onde ela mora, parece que são vizinhas, é uma pessoa legal, ela me chamou para ir num pagode que estava tendo lá hoje, e eu acabei aceitando, aquela festa no hotel estava um saco mesmo. - Digo revirando os olhos.

Luca estacion em frente ao meu prédio, desliga o carro e vira para mim.

- Mas porquê você podia subir e eu não? não entendi muito bem isso - Ele pergunta ainda me olhando, fico um pouco sem jeito, não quero falar dela com ele, nem sei se devo falar dela. Malu me mataria.

- Não sei, vai ver é porquê você era estranho, eu já estive lá uma vez com a Malu, talvez seja isso não sei. - Dou de ombros, querendo evitar o assunto - Você vai subir? - Pergunto.

Isso parece distrair ele do assunto, ele abre um sorriso encantador, qualquer outra garota se derreteria aqui e agora.

- Eu adoraria, princesa, mas eu preciso ir para casa, amanhã meu dia está cheio e eu preciso me organizar hoje, sabe como é né? - Diz dando outra piscadinha, acho que isso é uma mania dele, dou um meio sorriso, e resolvo implicar com ele.

- Não, não sei como é não, minhas únicas preocupações para o dia de amanhã é que horas vou ao pilates e se vai dar tempo de ir buscar meu cachorrinho no pet. - Digo fazendo pose e voz de patricinha mimada.

Luca me olha e ri, não aguento e acabo acompanhando também, gosto de estar com ele porquê é sempre tudo tão leve, e ele sempre me faz sorrir, é como se eu pudesse ser quem eu sou com ele. De repente então o clima muda, as risadas foram cessando, estávamos ofegando, percebi rapidamente quando Luca olhou para minha boca, fomos nos aproximando, já estava sentindo seu hálito quente batendo contra meu rosto, fecho meus olhos, e quando estou prestes a sentir seus lábios roçando ao meu .....

POV: Sant

Saio voado na moto, já sei o endereço dá patricinha, peguei outro dia com a Malu, mas não sabia que ia ser útil. Passo voando pelos corredores no trânsito, quero chegar o mais rápido possível na casa dela, vou cortando carros e caminhões, espero não tomar uma multa, mas a realidade é que eu adoro essa sensação de liberdade que a moto me trás, estar encima do meu xodó, pilotando, sentindo o vento, acelerando, sendo a pilota do meu próprio destino, é foda pra caralho, papo reto adoro isso.

O que normalmente levaria uns 20 minutos para chegar aqui, levei papo de 10, a mina mora num dos melhores prédios do RJ, não só mora como é dona de matade do prédio, incluindo a cobertura que é onde ela mora, tá maluco essa mandada caga dinheiro, me impressiona ela não ser aquelas mimadinhas enjoadas para caralho, acho que foi essa fita ai, o jeitinho dela que me atraiu.

Estaciono perto da entrada, atrás de um carro branco, carro tilt do caralho, sigo em direção a portaria, mas algo me faz voltar, assim que estava passando pelo carro, olho pelo vidro tá a mandada quase beijando um comédia.

Papo que o ódio me subiu, essa mina não é minha, mas ainda vai ser, papo só, e não vou nem fodendo deixar que ela beije esse pela saco do caralho.

Vou em direção ao carro e bato no vidro, do lado dela, ela leva um susto e me olha chocada, continuo com a cara bolada, mantendo a marra e a postura.

- Quem é você. - Pergunta o Filha da puta assim que abaixa os vidros, fodase ele, to olhando para a patricinha.

- Qual foi da tua doidona, tu não ia colar no pagode pá nois de vê po? - Pergunto abaixando um pouco e me apoiando na porta para olhar direto pra ela.

- Quem você pensa que é pra falar assim com ela? - Porra esse moleque do caralho não vai calar a boca não? Será que vai dar muita merda se eu der um tiro nele agora?

Resolvo deixar esse puto do caralho falando sozinha, disfarço o sorriso vendo que a patricinha faz o mesmo.

- Eu te disse, se ele não pudesse subir, eu também não iria. - Ela diz puta da vida, ela tá tão gostosa, tá com a roupa da festa de playboy ainda, e bravinha desse jeito, porra. - Para de me secar.

Nem percebi que estava secando ela na cara dura, abro um sorrisinho de lado, e o merdinha resolve abrir a porta sair e vir para cima de mim. Ah cara, esse puta do caralho vai se arrepender tanto de respirar o mesmo ar que eu.

- Qual é a tua hein? Qual teu nome? Pensa que é quem pra chegar falando assim com ela, e ainda ficar secando ela desse jeito? - Pergunta todo putinho, coitado, eu vou arrebentar esse moleque.

Antes de fazer qualquer merda, a patricinha sai do carro e vem na nossa direção.

- Luca, essa é a Sant, ela quem me convidou para o pagode, está tudo bem, ok? será que você pode ir embora por favor? Eu te ligo assim que der. - Ela diz olhando pra ele.

Bufo, com os planos que tenho em mente, ela não vai ligar pra ele mesmo, cruzo os braços e fico vendo a interação dos dois, Luca, vou guardar esse nome.

- Eu não vou te deixar aqui sozinha com ela, sabe lá o que ela pode fazer com você? - Ele diz todo preocupadinho, ah não fode porra, ele tá achando que vou fazer o que com ela? já chega, papo só.

- Relaxa po, a minha intenção com ela é das melhores, pode confiar po - Digo rindo safado, só para provocar mesmo, ela vira o pescoço na hora, e me fuzila com o olhar. Vejo o moleque passar por ela e vim pra cima de mim, ele é um pouco mais baixo que eu, e meio bombadinho, deve malhar, mas se ele tá pensando que vai encostar em mim tá enganado.

Quando ele se aproxima e tenta me segurar, sou mais rápida e seguro ele pela gola da camisa, empurro ele com tanta força encima do carro, que tenho certeza que vai ficar com as costas machucadas.

- Olha aqui, eu só não te bato porquê você é mulher. - Dou uma risada, que quase vira gargalhada, continuo pressionando ele contra o carro, enquanto Alice está ao lado pedindo para eu soltar ele.

- Não po, tu me bate porquê tu não consegue, e antes que eu te dê um cacete e te fure de bala, acho melhor tu meter o pé daqui, e fala assim comigo de novo que eu estorou sua cabeça, arrombado do caralho. - Digo soltando ele.

Alice pede para ele ir embora, e ele some, ainda bem, assim que ele entra no carro e sai, ela vira me olha como se quisesse me matar, to fudida.

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