Tudo Por Você

Capítulo 46

POV SANT

Vamos sair daqui a pouco do morro, os mano tão terminando de colocar as coisas no carro, tamo em 10 cabeças, vamos em 3 carros, tamo levando bebida e coisas pra churrasco, como se fosse um final de semana qualquer, mas de madrugada o bagulho vai ficar doido.

Como tá um calor do caralho, coloco um short leve e um top da nike e coloco uma camisa de time no ombro, coloco a glock na cintura, pego minha kenner, passo um perfume, a mãe só anda exalando, vai tomando.

Pego a mochila encima da cama com umas roupas, e outras paradas, minha mala mermo tá no carro já, pego carteira e dinheiro no cofre e desço, levo um susto do caralho vendo a Alice e a Malu sentada no meu sofá, essa porra tá virando casa da mãe Joana, to perdendo a moral mermo.

- Qual foi mano, tá virando o quê essa porra hein? - Falo descendo as escadas, colo a bolsa na poltrona e fico olhando pra elas.

- Se não me quisesse aqui não me dava a porra da chave. - Malu fala só o ódio e joga a chave em mim.

- Ih doidona, qual foi? perdeu a noção do perigo? - Falo pegando a chave do chão que por pouco não bate na minha cara.

- Ai que ódio Sant, se você soubesse o quanto eu to com raiva da sua cara você não ficava de gracinha. - Malu e eu não entendo nada.

- Depois que começou a andar com a outra maluca ai ficou assim, andando com 3 pedras na mão prontas pra tacar na cabeça dos outros. - Provoco a doidona que até agora tá quieta, mas logo me arrependo, maluca virou pro meu lado igual exorcista.

- É ainda bem que sabe, não vai ser só pedra que vou jogar nessa sua cabeça grande não. - Alice fala puta, sorrio e logo faço uma piadinha.

- Vou te falar o que eu quero que tu taca na minha cabeça po- Falo maliciosa e ela e Malu faz cara de nojo.

- Pelo amor de Deus, você só fala merda. - Ela fala brava e ri mais ainda.

- Sant, onde você pensa que vai? - Malu corta o clima, porra.

- Sai maluca, te devo satisfação não. - Reclamo e vou pra cozinha.

- Ah mas me deve sim, você não vai sair dessa casa. -Ela vem reclamando atrás de mim.

- Se toca Malu, tu não manda em mim não porra, tu manda no teu namorado, aquele bunda mole do caralho, tá pra nascer mulher pra mandar em mim. - Reclamo.

- Mando nele sim, tá incomodada? Sou tua irmã caralho, tu não acha que devo saber no mínimo onde você anda? Tu quase morreu porra. - Ela ainda continua falando, volto pra sala e respiro fundo.

- Caralho Malu, toda hora esse papo chato mano, eu sei que quase morri, to cansada de saber dessa merda, tu pediu pra eu ficar afastada da boca, eu fiquei, pediu pra eu não fazer merda, fiquei na moral, to cansada de ficar deitada encima de uma cama, posso curtir com meus aliados um final de semana? - Porra to cansada, toda hora a mesma ladainha, se fude.

- Eu sei bem qual é a resenha, BG me contou tudo já. - Ela fala, BG é um boca aberta do caralho.

- Teu namorado é um boca aberta do caralho, bagulho era sigilo. - Falo puta e ando de um lado pro outro.

- BG só contou porque eu não ia deixar ele ir pra Angra sozinho, e ele sabe bem a mulher que tem - BG é um pau mandado do caralho.

- BG é pau mandado, nem me surpreende. - Falo exausta.

- Ele é sim, muito bem mandado, você vê ele reclamando? - Nem respondo, BG é maluco nessa dai, nunca vi igual, morro mas não me amarro a ninguém. - O ponto aqui não é esse, é você não ter segurança consigo mesma. - Vai começar de novo.

- Olha Malu, tu é minha de raça, tu sabe, mas se for começar a falar merda ai eu vou sair, porra tentaram me matar, e eu vou atrás do filha da puta até no inferno. - Falo puta e me levanto, vou pro banheiro daqui de baixo e jogo uma água no rosto. Que caralho.

- QUER SABER? EU DESISTO, FAZ O QUE TU QUISER, QUANDO DER MERDA LEMBRA QUE NÃO VOU ESTAR LÁ PARANDO MINHA VIDA PRA CUIDAR DE VOCÊ.  - Escuto ela gritar, depois escuto a porta batendo.

Fico uns 5 minutos ali ainda no banheiro, escuto os mano me chamar no rádio e falo que já vou descer, dou um mijão, lavo as mãos e saio, dou de cara com a Alice sentada ainda no mesmo lugar no sofá.

- E tu doidona? Vai ficar ai? vou precisar meter o pé.  - Falo com ela que me olha.

- Você vai mesmo. - Pergunta baixo e se levanta, em questão de segundos ela está na minha frente.

- Vou po, tenho que ir mano, preciso resolver minhas paradas, não posso deixar os bagulho assim não. - Falo olhando pra ela, sinto um bagulho fortão quando estou com ela, vontade de beijar e os caralhos.

- Não vai não, por favor. - Ela me olha de um jeito que sei lá mano, papo que eu to quase ficando.

- Não posso preta, tenho que ir resolver esse bagulho. - Falo e chego perto dela, ela vai andando pra trás, sinto as costas dela bater na parede, fico na frente dela e coloco minhas mãos na parede, do lado da cabeça dela.

- Se cuida lá ok? Esse teu coração ai não tá aguentando muita coisa. - Ela fala me olhando, olhar de loba do caralho.

- Tu sabe po, vaso ruim não quebra, mas ai da o papo, vai sair comigo quando eu voltar ou não? - Pergunto e ela me puxa pelo cordão, fico bem próxima dela.

- Vamos ver - Da de ombros - Se você viva e inteira eu penso na sua proposta. - Ih dando de cínica.

- Tu sabe que eu vou voltar po, inteira, todinha pra você usar e me abusar. - Falo olhando pra ela maliciosa e rindo, ela me olha e ri, não aguento e puxo ela para um beijo.