Capítulo 14

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POV: ALICE

Estou queimando de raiva, não acredito que ela se deu ao trabalho de vir até a minha casa, e ainda fazer uma cena dessas em frente ao meu prédio, ainda bem que já é noite , e não tinha fluxos de pessoas passando.

Me viro para olhar para ela, acho que percebeu que estou a um passo de mata-la, pois seu semblante mudou. Vou andando em sua direção e ela dá passos para trás, ela bate com as costas no portão e me olha engolindo em seco, fico tão próxima a ela, que sinto seu corpo quente no meu, ignoro meu coração querer sair pela boca.

- Me dá um bom motivo para eu não te matar neste instante. - Digo apontando o dedo na cara dela.

- Primeiro, abaixa esse dedo aí que você não tá falando com qualquer um não mano, e segundo, vai me matar é? vai mesmo perde a oportunidade de me beijar? - Ela diz fazendo a cara mais safada do mundo e dando um tapinha no meu dedo. É, realmente vou mata-la.

- Sant, some da minha frente, ou eu juro que vou perde a cabeça. - Digo dando um passo para trás, ela é mais rápida, segura minha cintura e me puxa ainda mais para perto dela.

- Eu perdi a porra da cabeça desde o dia que te vi na escola po, ficou claro isso pra tu ainda não? ou tu acha mermo que se fosse qualquer outra pessoa eu teria vindo aqui? o caralho que vinha, ai papo só mermo po, paro de pensar em tu não. - Ela diz me olhando, fico sem reação, não sei o que dizer, nunca me envolvi com nenhuma mulher, mas porque ouvir ela falar isso é tão bom? No fundo eu sei que também não parei de pensar nela, mas não vou admitir isso.

- Eu não sei o que dizer. - Digo a olhando com sinceridade, ela sorri de canto.

- Precisa dizer nada não po, só me dá um beijo. - Continuamos nos encarando, seus olhos desce lentamente para minha boca, e automaticamente abro a boca ofegante.

Quando estou preste a ceder a essa inquietude do meu corpo, me deu conta de onde estamos, se o porteiro estiver vendo isso fodeu, vai contar para o meu pai. Me afasto dela, e ela me olha sem entender.

- Eu não vou te beijar, muito menos na frente do meu prédio, se o porteiro estiver vendo isso, fudeu, ele vai contar para o meu pai. - Digo.

- Tem b.o não pô, eu resolvo qualquer fita, deixa eu trocar uma idéia com o porteiro ai, te garanto que ele não vai abrir o bico. - Ela diz simplesmente. Juro essa garota é maluca, tenho certeza.

- Ae, e vai fazer o quê? Ameaçar ele também? - Pergunto já ficando irritada, ela me olha com raiva.

- Que mané porra de ameaçar, só não dei um pau no teu amiguinho por causa de você, mas se ele entrar no meu caminho de novo, bagulho vai ficar bom pro lado dele não, papo é esse.

- Você não vai fazer nada com ele entendeu? nem com ninguém, vai pra casa, está ficando tarde, e eu estou exausta. - Digo, eu realmente preciso de um banho e descanso.

- Queria como, te levar pra dar um pião, mas como tu tá cansada, vou subir com você po, te faço uma massagem nos pés que vai fazer tu relaxar rapidinho.

- Você só pode estar louca, de achar que vou te convidar para subir. - Digo olhando pra ela e dando uma risada.

- An filha, qual foi da tua? não me conhece mermo né, a fita é o seguinte, eu quero passar o resto da noite com você, ou tu me chama pra subir, ou vou invadir, critério teu ai po.

Fico olhando pra ela com uma raiva,ela sustenta meu olhar, o meu ódio é ela ser linda, que inferno, não queria ter que admitir, mas a Sant tá mechendo comigo. Perco o a noção do tempo que ficamos nos olhando, mas acabo cedendo, merda sou muito fraca.

Alice: Você está de moto ou carro?

Sant: tô de moto pô, qual a fita?

Alice: A moto não pode ficar aqui na frente, vou abrir o portão da garagem, estaciona na vaga 12, é uma das do meu pai.

Ela parece estar eufórica, não acredito que eu realmente vou deixar ela subir.

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