Capítulo 12

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POV: Sant

Hoje é domingo, e vai rolar aquele pagode bolado aqui na quadra, fiquei na atividade a semana toda resolvendo um monte de bagulho, e pra melhorar um morro aliado me chamou para uma missão, vou ficar umas duas semanas afastada daqui do morro.

Mutante não está feliz com isso, ele não quer que eu vá, mas como, o morro aliado já fortaleceu muito quando não estávamos numa época maneira, meu mano Jefinho é o de frente lá, o maluco é fechamento mermo, não recusaria ajuda pra ele nunca.

Por causa dessa missão ai fiquei de plantão quase a semana toda, deixando tudo certo pra ficar em paz quando estiver lá, quero curtir bolado hoje, de madrugada vou estar partindo já, queria tanto que a patricinha lá colasse no pagode hoje.

Essa garota não sai da minha mente to começando a ficar bolada já, durmo pensando nela acordo pensando nela, fico o dia todo pensando nela, depois do baile a gente não se viu mais, mas como to na fita dela a semana toda, a gente conversa todo dia, fico perturbando a mente dela bolado.

Não dou paz mermo, quero que ela fique comigo na cabeça, queria ela aqui hoje pra gente trocar uma idéia maneira, conversar melhor, pra eu poder implicar com ela, até ela não aguentar e me beijar bolado.

Fico com o corpo quente só de pensar nela, tá maluco, levanto e saio da boca, pego minha moto e colo onde vai rolar o pagode, preciso ocupar minha mente e parar de pensar naquela mandada.

Depois de resolver mais umas paradas, sigo pra casa para me arrumar, hoje é tudo nosso, vai dar bom demais, escolho uma blusa do flamengo, um short preto da Lacoste, coloco uma kenner, o cordão e as dedeiras, passo um perfume, cabelo tá no talento também, dou uma última olhada no espelho e resolvo tirar uma foto, não curto tirar foto não, mas quero chamar a atenção da maluca lá.

Tiro algumas fotos, escolho uma e posto, vejo que já são 16h e o pagode vai começar daqui a pouco, pego a chave da moto e saio, assim que chego já vejo os de frente num camarote improvisado que montamos.

- Fala ai crias. - Digo assim que me aproximo.

- Falu tu de fé, qual a boa de hoje? - Vitin fala.

Esse mano vive em outro mundo, papo reto.

- Vitin seu porra, tu não sossega não seu peste, atividade ai que hoje tu tem plantão. - Digo pra ele.

- Ih Sant nem adianta falar com esse ai, desde que a Saby deu um pé na bunda dele, ele fica nessa putaria ai. - TH diz. BG que tá sentado do lado dá uma risada debochando de vitin.

- Não sei porque o BG tá rindo, é outro que fica correndo atrás da Malu igual otário e ela nem assume ele. - TH diz, esse moleque tá cheio de ousadia, se não considerasse já tinha deixado Vitin e BG passar ele.

- Qual foi TH, você tá cheio da graça hoje hein, tá cuspindo ódio pra todo lado. - Digo olhando pra ele.

- É, deixa ele ficar nessa, fica ai gastando os outros, mas quero ver quando ele arrumar uma nega também, vai pagar dobrado. - Vitin fala dando um gole na sua bebida.

- Sai fora rapaz, joga praga não, sou bicho solto bebê. - TH fala.

- É bicho solto até alguém te prender, vou viver pra ver isso po. - BG Fala.

Esses caras são resenha pura, papo só, ficamos ali bebendo e trocando idéia, até finalmente o pagode começar, Malu e as outras meninas chegada nossa chegam e colam com a gente, por um momento fico decepcionada por me dar conta que a patricinha não veio mermo.

Pego o celular pra ver se ela viu minha foto, a diaba até respondeu, dou um sorrisinho discreto, não imaginei que ela ia responder.

Patricinha:
Ui que gataa, to sentindo que hoje você vai sair desse pagode casada.
Tá linda Sant.

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