Capítulo 32

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Pov Alice

Acordo num sobressalto, tive um pesadelo horrível, não quero nem pensar sobre, ontem quando cheguei do hospital meu pai não estava em casa, espero não ver ele quando sair, vai me encher de perguntas.

Levanto, e vou até o banheiro, faço minhas higienes matinais, tomo um banho e visto uma roupa leve, uma leggin preta, um blusa de time e um tênis, para ir até o hospital está ótimo, desço e dou de cara com o meu pai, inferno.

- Alice? - Ele me grita quando passo direto.

- Oi pai - Respondo voltando para a sala de jantar, onde está tomando seu café da manhã.

- Senta, quero falar com você. - Eu me sento, pego um suco de laranja e tomo, ainda não estou conseguindo comer.

- Pode falar. - Eu respondo após me sentar.

- Está indo onde? - Ele pergunta sem me olhar, será que eu minto?

- To indo na casa de uma amiga. - Respondo simplesmente.

- Aquela favelada? - Ele pergunta e meu sangue começa a esquentar.

- Pai!!!! não fala assim dela, qual o seu problema com ela? - Pergunto irritada.

- Meu problema não é com ela, é com você enfiada na porra de uma favela, eu não te dou do bom e do melhor pra você jogar pro alto assim.

- Já chega, não vou ficar aqui ouvindo isso. - Me levanto pra sair, mas ele me para.

- Vai sim, vai sentar e vai me ouvir, eu ainda sou o seu pai, a autoridade nessa casa. - Ele fala e reviro os olhos. - Porquê você estava no hospital ontem? - Ele pergunta e eu gelo.

- Como você sabe que eu estava lá? - Pergunto, merda, falei pro Dr. Diego não falar nada.

- Não interessa como, eu quero saber o que estava fazendo lá. - Ele repete.

- Fui acompanhar uma amiga. - Respondo simplesmente.

- Eu sei bem com quem você estava, eu não quero você andando com ela, não faça eu me arrepender de ter tirado o segurança da sua cola. - Ele fala, e fico mais puta ainda, como se eu não soubesse que os seguranças ainda me seguem.

- Tudo bem pai, era só isso.? - Pergunto exausta.

- Porque não vai para a escola? - Pergunta.

- Hoje não tenho nada importante, vou ir na casa de uma colega de classe fazer um trabalho de francês. -Respondo exausta.

- Qual o nome dessa amiga? - Porra que merda é essa.

- É sério isso? você quer a localização da casa dela também? quer nome, identidade, cpf, eu arrumo pra você. - Que saco.

- Alice, Alice, eu tô de olho em você menina, quero que faça suas malas, vou viajar hoje, e volto na sexta a noite, no sábado bem cedo vamos para a casa de Angra, e voltamos segunda de manhã, tenho uns negócios lá e você vai comigo, leva traje de gala. - Ele fala, e volta a tomar seu café tranquilamente.

- Ah não pai, eu não quero ir, por favor, deixa eu ficar. - Quase suplico.

- Faça o que eu mando. - Responde simplesmente.

Saio puta da vida, que saco, eu odeio parecer mimada, mas que inferno, eu não quero ir, são sempre tão chatos essas viagens, vou arrastar Luca comigo. Saio de casa e peço um uber, vou até o hospital, já são quase 8h da manhã,  espero que ela ainda não tenha entrado em cirurgia.

O caminho até o hospital é rápido, vou até a recepção e pego a minha identificação, vou até a sala de espera e vejo Malu lá, ela está quietinha, perdida na sua própria mente, me aproximo dela e faço um carinho nas suas costas, ela levanta o rosto e me olha, o rosto coberto de lágrimas, me pega de surpresa quando se joga encima de mim e me abraça.

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