Um chofer estaciona o carro para nós quando paramos em frente ao hotel de sete andares com a faixada bege com letras em dourado escrito: Meraki.
Entramos pelas portas automáticas de vidros cromadas, o piso é branco reluzente com detalhes em dourado, assim como o enorme lustre no meio do lobby com a recepção a frente. Sofás beges a direita e portas um tom mais escuro do bege nas paredes com molduras de gesso combinam com a decoração requintada.
Nos aproximamos da recepção, a moça nos olha e digo:
— via trita via tuta.
Seus olhos se arregalam, ela se vira de costas e quando se vira para mim coloca uma chave sobre o balcão e diz:
— último quarto do sétimo andar.
Sorrio, pego a chave, Thomas está me olhando confuso, seguro sua mão com a mão livre, pois na outra estou segurando o celular e começo a caminhar até o elevador dourado com portas douradas.
Entramos no elevador, estamos sozinhos, aperto o botão do sétimo andar, Thomas está me olhando de canto e pergunta:
— o que foi aquilo?
— latim. — o olho e Sorrio.
Ele me encara sério, suspiro e digo:
— Loran, o hotel é dele.
Thomas não diz nada, seu olhar vai para trás na minha bunda, sua mão tenta abaixar meu vestido e ele diz:
— não dá para ficar só perto de você vestida assim.
Tento conter o sorriso prensando os lábios, não consigo, sorrio, me viro de frente para ele e digo:
— então não fica só perto de mim. — Mordo o lábio inferior e olho para sua boca.
Thomas suspira, vira de frente para mim, me encara, sua mão toca minha cintura e a porta do elevador se abre. Nos afastamos no mesmo instante que algumas pessoas entram e só ficamos sozinhos de novo quando saímos do elevador e caminhamos pelo extenso corredor até o último quarto.
Coloco a chave na fechadura, a giro, abro a porta, entro, Thomas entra depois de mim, fecho a porta, a tranco, acendo as luzes no interruptor ao lado da porta, me viro de frente para Thomas e as luzes da cidade que adentram pelas janelas de vidro do chão ao teto atrás dele o deixam ainda mais gato.
Quero mesmo olhar a decoração ao redor, mas não tenho tempo para detalhes, sei que tem uma cama king size ao lado das janelas em uma parede com papel de parede com flores douradas, do lado da cama tem uma televisão em um suporte, embaixo da televisão um móvel beje, ao meu lado tem uma porta, deve ser o banheiro, ao lado da porta do banheiro outro móvel bege com uma cafeteira em cima e frigobar ao lado. É tudo que consigo ver no momento, pois meus olhos estão fixos em Thomas olhando diretamente para minha boca.
Prenso meus lábios, minha respiração pesa, puxo fundo o ar, aperto o celular na minha mão e caminho até Thomas. Ele me encara quando paro em sua frente, sua mão se encaixa na minha cintura me trazendo para perto dele, suspiro com a proximidade dos nossos corpos, apoio o antebraço da mão que estou segurando celular em ombro, com a outra mão Thomas coloca meu cabelo para trás, beija minha bochecha, fecho meus olhos, os abro e ele está me encarando.
Tem tanta ternura em seu olhar que sinto vontade de chorar, começo a sentir um frio na minha barriga, seguro com a mão livre em seu braço, o aperto, o olho e Thomas segura em meu rosto. Seu rosto se aproxima lentamente do meu, meus lábios se abrem com sua aproximação, os olhos de Thomas se fecham, os meus também e quando seus lábios encostam nos meus suspiro.
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Isabelli
VampireTudo o que você sabe sobre vampiros está errado! Mordidas que transformam, a estaca de madeira no coração, o sol que queima, os morcegos... tudo isso está errado, menos uma coisa, a sede por sangue. Uma sede insaciável, só não mais que a ambição h...