Capítulo 62

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Estou em frente ao espelho me olhando pela milésima vez enquanto Nicolas me chama impaciente na sala, mas eu estou o ignorando passando as mãos pelo tecido fluído e leve do vestido vermelho que é de alcinha justo no busto com aberturas nas laterais deixando um pouco das minhas costas amostra.

Meu cabelo está jogado de lado com ondas grossas feitas pelo baby-lis preso por uma presilha dourada igual ao meu brinco, não exagerei na maquiagem, mas deixei o olhar iluminado o mesmo olhar que vejo dos olhos de Nicolas no espelho.

Me viro em sua direção soltando o tecido, ele sorri, seu típico sorriso arrogante e eu o analiso.

Ele está de terno preto e camisa branca, mas não está de gravata, o que realmente não faz o estilo dele, mas tem uma rosa vermelha no bolso do paletó a mesma que ele está segurando na mão formando uma pulseira.

— uau! — ele suspira e caminha em minha direção — saquinho de ossos. — Para em minha frente — só, UAU. — Sorri.

Sorrio, estico o braço para ele colocar a pulseira, ele me encara e diz:

— posso pedir um benefício agora?

Rio, bato em seu ombro e digo:

­— já estamos atrasados. — Começo a caminhar em direção a porta — quem sabe depois. — digo de costas para ele.

Vamos na camionete de Nicolas para escola que já está com o estacionamento repleto de carros, ele abre a porta para que eu possa descer e o olho surpresa.

Nicky fecha a porta do carro, enrosca meu braço no dele, continuo a olhando surpresa, ele começa a caminhar e diz:

— quero que você se lembre dessa noite por todas suas vidas.

Sorrio.

— Nicky... — Suspiro.

— se todo o resto for uma merda pelo menos você vai ter algo de bom para se lembrar.

Rio e entramos na escola.

Os corredores estão todos enfeitados com balões dourados e prateados, já posso ouvir a música ao longe, pessoas passam por nós conversando e rindo, paro no meio do corredor, Nicolas continua caminhando, mas para assim que percebe que não estou ao seu lado.

Ele volta até mim, estou com o olhar fixo no chão, depois o olho e digo:

— estou com medo.

Ele toca meu braço.

—estou com medo Nicky, tudo isso... — Abro os braços — vai acabar essa noite e depois todos que eu conheço vão seguir suas vidas e eu vou ficar sozinha.

Nicky me olha atento, olha para trás de mim, depois me olha, segura meu rosto e diz:

— eu sei, e isso é assustador eu tenho que concordar, mas você pode aproveitar a noite, pois ela vai acabar Isa assim como tudo um dia na sua vida vai acabar e você precisará seguir em frente.

Reviro os olhos.

— eu adoro sua sinceridade sabia? — o encaro.

Seus polegares roçam minhas bochechas, ele morde o lábio inferior e diz:

— mais do que o meu calor?

Seguro suas mãos, aproximo nossos rosto e sussurro:

— não me provoca lobinho.

Nicolas aproxima nossos lábios, mas não os encosta.

— aposto que consigo ficar a noite inteira sem tocar em você. — murmura.

IsabelliOnde histórias criam vida. Descubra agora