É sábado e estou alisando o vestido que acabei de vestir para ir à festa na casa do prefeito.
Lucio ficou a semana inteira em casa, Nicolas não se sentiu à vontade para voltar com ele aqui, então só estamos nos vendo na escola e ele me faz companhia sempre que pode, na verdade marcamos de sair domingo.
Aliso uma última vez o tecido transparente preto da cor do tecido de malha fina por baixo, o decote em V é profundo demais para o meu gosto e também deixa minhas costas amostra, mas Lucio insistiu que Brandon, o filho do prefeito, adora mulheres que chamam a atenção.
Me sento na cama para calçar a sandália de salto com uma tira no tornozelo, volto para frente do espelho para verificar a maquiagem, o batom vermelho está impecável, passo a mão pelo meu cabelo, prendi duas mechas da frente atrás das orelhas, e levo a mão no peito quando vejo os olhos verdes de Lucio no reflexo do espelho.
Ele se posiciona atrás de mim colocando em minha garganta uma gargantilha fina de prata, pelo menos combina com meus brincos e anel. Ergo o cabelo para que ele possa a fechar e me afasto dele quando termina indo pegar a bolsa de ombro em cima da cama.
— sabe o que fazer?
— sei. — Abro a bolsa e mostro duas seringas com metanfetamina que Nicolas me arrumou as guardando em seguida.
Ele assente com a cabeça e sai.
Eu saio em seguida e vou direto para o meu carro na garagem. Deixo a bolsa no banco do passageiro, agarro o volante com as duas mãos e respiro fundo antes de ligar o carro e sair.
Sigo as instruções do GPS para chegar ao local, enfrento uma fila de carros e posso ver em frente a uma mansão com uma escadaria e luzes holofotes. Quando paro o carro em frente a escadaria um chofer abre a porta para mim e entra no carro assim que saio. Ajeito meu vestido e cabelo, olho para os casais ao meu redor e tento abaixar o comprimento do vestido quando recebo olhares fulminantes das mulheres.
Sigo até a porta gigantesca, tanto em altura, como em comprimento, após subir a escadaria e digo meu nome ao homem com um papel sobre um suporte parado em frente a porta:
— Isabelli Jensen.
Seu dedo desliza pelo papel, para, ele me olha e assente com a cabeça.
Sorrio e sigo o fluxo das pessoas que andam direto pelo extenso corredor longo em frente ao hall de entrada com um lustre descendo do pé direito alto com várias portas até o corredor se alargar dando em outra escadaria só que dessa vez para baixo.
Desço a escadaria à procura da minha vítima.
Tive que procurar no Google a imagem do filho do prefeito e é exatamente como imaginava. Jovem de dezoito anos, cabelo loiro, olhos azuis, alto, musculoso, está no primeiro ano da faculdade e envolvido em alguns escândalos envolvendo drogas e até mesmo estrupo.
Não é difícil detectá-lo, quer dizer, seu um metro e noventa se destaca entre os demais. Mas, agora eu preciso que ele me note.
O salão está cheio de pessoas com taças nas mãos, ao lado direito tem um bar com um extenso balcão e bancos altos, ao fundo além das janelas de vidros do chão ao teto que dão a impressão de que o jardim do lado de fora com um chafariz com bancos ao seu redor é uma extensão do salão, tem duas portas de vidros abertas. Tem uma música calma tocando, Brandon está perto do bar, sigo para lá e passo ao seu lado.
Me sento em um dos bancos, cruzo as pernas e peço um drinque qualquer enquanto o observo.
Ele está falando com mais alguns garotos da mesma idade que ele, um deles me olha e nem disfarça quando aponta para mim e fala algo que faz todos os outros me olharem, inclusive Brandon quem eu encaro enquanto levo o copo com o meu drink na boca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Isabelli
VampirosTudo o que você sabe sobre vampiros está errado! Mordidas que transformam, a estaca de madeira no coração, o sol que queima, os morcegos... tudo isso está errado, menos uma coisa, a sede por sangue. Uma sede insaciável, só não mais que a ambição h...