Deixo o celular cair sobre o tapete, levo a mão no peito e respiro fundo. Loran acabou de abrir a janela do meu quarto e pular dentro do meu quarto
— que merda você está fazendo aqui?
— você sempre deixa a janela entreaberta.
— é assim que sabe tanto sobre mim?
Ele dá de ombros e fecha a janela.
— não me respondeu. — me agacho para pegar o celular — o que está fazendo aqui? — me levanto e o olho.
— prometi cuidar de você. — Olha ao redor e depois para mim.
— eu estou bem, já pode ir embora. — Jogo o celular na cama.
— um coração partido pode ser mais perigoso do que levar um tiro de bala de prata.
Arqueio o lábio superior, o encaro e digo:
— você não é legal assim.
— isso quer dizer que eu não posso tentar ser legal?
— você me castigou com chicote de couro cheio de visco. — o lembro.
— e o castigo foi bem eficaz. — seu olhar penetra o meu e ele morde o lábio inferior rapidamente.
Fico sem resposta, Loran olha para o papel enrolado em cima da cama, se aproxima dele, caminho rápido tentando o impedir de pegar, mas ele o pega antes de mim abrindo-o em seguida.
Não consigo ver seu rosto atrás da folha, ele analisa o desenho por alguns segundos, seu rosto aparece na lateral, em seguida ele enrola o desenho de novo e diz:
— voltou a desenhar?
Tomo o desenho da sua mão.
— isso é pessoal. — Jogo o desenho na cama — sabe o que isso significa? — o encaro — significa que você não pode ficar entrando no meu quarto vasculhando minha vida e mandar pessoas me seguirem.
— e de que outro jeito eu te conheceria e ficaria de olho em você ao mesmo tempo?
— perguntando para mim. — respondo como se fosse óbvio.
Loran me encara, seus lábios se abrem para dizer algo, mas ouço a voz da minha mãe primeiro.
— Isabelli Jensen.
Ouço um risinho vindo de Loran e ele sussurra:
— você está ferrada.
Mostro a língua para ele e saio do quarto.
Pelos passos determinados da minha mãe caminhando no corredor em minha direção tenho certeza de que ela está brava. Olho para trás, fecho a porta do quarto e caminho de encontro a ela.
— mãe! — digo quando a encontro no meio do corredor — o que foi?
— o que foi? — me encara — o que foi que Thomas me ligou dizendo que você foi assaltada e que eu estou tentando falar com você desde ontem. — grita — onde você estava?
Continuo caminhando em direção a cozinha, preciso tirar ela de perto do meu quarto. Minha mãe me segue, abro a geladeira pegando um suco, pego um copo no armário, me sirvo, guardo o suco de volta na geladeira, tomo um gole e digo:
— eu estava com Loran, ele me levou até o hospital e acabei dormindo na casa dele. — Tomo outro gole.
Minha mãe apoia as mãos no balcão, seus olhos estão semicerrados olhando para mim e ela diz:
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Isabelli
Ma cà rồngTudo o que você sabe sobre vampiros está errado! Mordidas que transformam, a estaca de madeira no coração, o sol que queima, os morcegos... tudo isso está errado, menos uma coisa, a sede por sangue. Uma sede insaciável, só não mais que a ambição h...