Capítulo 5

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Estou dentro do carro de Thomas, Julia tem razão estou doida para dar para ele, até suas mãos no volante fazem um calor se apoderar do meu corpo e o meio das minhas pernas pulsar. Cruzo minhas pernas, Thomas me olha de canto, olha para frente e diz:

— o que vai fazer depois?

— está me chamando para sair? — o olho.

— talvez. — Dá de ombros e para o carro em frente à mansão da festa da noite de sábado.

Entro com Thomas ao meu lado, passamos pela sala com vários sofás e três janelas da altura do pé direito na lateral direita, uma lareira a lenha de frente aos sofás e um tapete vermelho com detalhes dourados combinam com as cortinas abertas. Atrás dos sofás um bar rústico em formato de L cobre toda a parede do fundo e lateral com uma bancada de madeira e bancos altos de madeira espalhados por ela. Seguindo o bar um corredor com baixa luminosidade e várias portas, todas fechadas, uma delas está entreaberta, espio vejo uma mulher nua de relance e olho para Thomas, de repente estou com medo.

Paramos em frente a uma porta antes do fim do corredor, a porta é de madeira maciça como as outras, mas tem entelhada vários círculos, um dentro do outro. Thomas bate na porta e ouço:

— pode entrar.

Thomas abre a porta, a primeira coisa que vejo são três janelas que dão para o quintal na lateral da casa, as cortinas bejes estão abertas, em frente as janelas uma mesa de madeira maciça com entalhes nas pernas e uma cadeira almofadada em vermelho onde Loran está sentado. Em frente à mesa duas cadeiras de madeira, no chão um tapete bege um tom mais escuro que as cortinas, no canto direito da porta um sofá de couro marrom com várias almofadas beges, em cima da mesa tem uma cabeça de estatua como daquelas da Grécia antiga, um notebook e alguns papéis muito bem-organizados com uma caneta em cima. Na parede do lado esquerdo três quadros que juntos foram uma só paisagem, as dos Alpes Suiços, a luz do lustre delicado de cristal redondo é amarela e só não está tão escuro como no corredor por causa da luz do sol do fim da tarde que adentra pelas janelas.

Paraliso na porta, Thomas me olha, olha para Loran e começa a caminhar até uma das cadeiras. O sigo, me sento ao seu lado e Loran empurrada em minha direção sobre a mesa vários papéis grampeados.

Pego os papéis, começo a ler e Loran diz:

— Rafe me disse que quer você trabalhando para ele, e sou que cuido disso para ele aqui em Jorda.

— para que tudo isso? — Ergo os papéis.

— burocracia.

—posso ler antes dela assinar? — Thomas pergunta e estica a mão em minha direção pedindo os papéis.

Entrego os papéis para Thomas, ele os pega, se levanta, me olha, eu o olho, me levanto e Loran diz:

— não demore, tem uma nova sessão na sexta.

Assinto com a cabeça e sigo Thomas para fora da casa.

Entramos no carro, Thomas coloca os papéis no porta-luvas, me olha e diz:

— minha mãe é advogada, posso pedir para ela dar uma olhada.

Sorrio.

Advogados, meu pai é a merda de um advogado.

Thomas continua me olhando, liga o carro e diz:

— podemos ir?

— para onde? — pergunto por perguntar, não me importo para onde se Thomas estiver junto.

Thomas sorri, meu celular vibra no bolso da minha calça, o pego, abro a mensagem e digo:

— merda!

— o que foi?

IsabelliOnde histórias criam vida. Descubra agora