Capítulo 76

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ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM VIOLÊNCIA FISICA E SEXUAL QUE PODEM GERAR GATILHOS! POR FAVOR ESTEJA CIENTE DISSO AO CONTINUAR A LEITURA. 

***

Bips, é tudo o que eu escuto.

Abro os olhos lentamente e uma luz branca me faz os fechar novamente.

— Belli! — Ouço uma voz longe — você acordou! — Sinto algo tocar a minha mão.

Abro os olhos novamente e agora o que vejo é o rosto da minha mãe, feliz, mas preocupado.

Suas mãos seguram meu rosto.

— me diz que você não se alimentou direito nesse um ano por causa do peso?

Um ano?

Como assim um ano?

Pisco várias vezes e o barulho do bip constante me faz olhar em direção de onde ele está vindo.

É um monitor, desses de hospital, e ao lado dele um soro pendurado em uma haste de ferro com um cano de plástico mole transparente que vem diretamente para o meio do meu braço em uma agulha.

Fico olhando a agulha no meu braço por alguns instantes e depois olho para minha mãe.

— um ano?

— é Belli! Você ficou um ano trabalhando com Lucio. — suas mãos deixam meu rosto, ela as passa em seu rosto e olha para trás — será que vamos ter que fazer outra tomografia?

Percebo que ela se afasta para conversar com quem quer que seja que está atrás dela, me apoio em meus cotovelos e começo a me levantar na cama.

Minha mãe se vira em minha direção e quando me vê sentada corre até mim me segurando pelos ombros.

— não! Você precisa ficar em repouso! Bateu a cabeça na queda.

— mãe eu estou bem. — Tento olhar por cima do seu ombro para ver com quem ela conversava.

Ela me solta, se afasta e finalmente vejo com quem ela tanto conversava.

— Haruto? — Arregalo os olhos — o que está fazendo aqui?

— como assim o que ele está fazendo aqui Belli? Ele é seu namorado! Você o deixou tomando conta do apartamento. — minha mãe responde por ele e cerro o olhar — com certeza ela vai precisar de outra tomografia. — fala com Haruto e não comigo saindo em seguida.

Espero ela se afastar para arrancar a agulha do meu braço, coloco meus pés para fora da cama, mas preciso segurar na borda do colchão, pois tudo acabou de girar.

Percebo Haruto se aproximar e quero socar a fuça dele, mas não estou com força nem para levantar a cabeça.

— acho melhor você se deitar. — Sua mão toca me ombro e eu a empurro.

Ergo meu olhar até o dele.

— o que está fazendo aqui?

— encontrei com Lucio no dia da sua viagem, achei melhor cuidar do apartamento para você.

— e mentir que somos namorados para minha mãe é cuidar do apartamento? — Estreito o olhar.

Ele não responde, me apoio no colchão para me levantar, mas tudo gira mais uma vez e só não caio, pois Haruto me segura.

O olho me afastando imediatamente.

— eu falei para você ir embora.

— mas não fui. — Bufa — eu só quero ajudar.

IsabelliOnde histórias criam vida. Descubra agora