Isabelli

Capítulo 79

O que posso dizer dos próximos meses?

- Há um justiceiro na cidade? - Ouço uma voz vinda da televisão assim que entro pela porta da casa da minha mãe - criminosos estão sendo encontrados mortos com a mesma substância desconhecida que a polícia ainda procura saber o que é. A taxa de crimes caiu drasticamente nos últimos quatro meses e a polícia ainda não sabe quem é que está fazendo justiça com as próprias mãos.

É eu estive ocupada e saciada nos últimos meses.

Sorrio com o sorriso largo da minha mãe que vem em minha direção com um papel na mão.

- Belli! Filha! Não vai acreditar. - Para em minha frente - estou curada, a herpes desapareceu.

A abraço imediatamente.

Confesso que estava curiosa se a folha da Ygydrasil iria funcionar e insisti para ela antecipar os exames que faz a cada seis meses.

- nem a médica soube explicar. - se afasta do abraço.

Continuo sorrindo com sua felicidade, mas de repente seu sorriso cessa.

- mas, tenho uma má notícia.

Arqueio as sobrancelhas.

- Diego... - Olha para trás e Diego aparece atrás dela - recebeu uma promoção no trabalho só... só que... - a ouço suspirar - é em outro estado. Mas, você pode vir com a gente, podemos morar juntos ou se você quiser podemos procurar um apartamento para você. Aposto que Atlanta deve ter muitos lugares legais e você pode fazer novos amigos...

- mãe. - a interrompo e sorrio - eu vou ficar bem.

Um bico se forma em seus lábios por alguns segundos e ela suspira alto me abraçando em seguida.

- para onde foi minha menininha? - questiona em meio ao abraço.

Me afasto do abraço para a olhar e digo:

- você merece toda a felicidade do mundo mãe. - Olho para Diego e sorrio.

Diego abraça a mim e a minha mãe e em noites como hoje, jantando com eles enquanto me contam os planos para o futuro, me fazem esquecer que eu sou uma vampira e que um dia não vou tê-la mais ao meu lado.

Volto para casa tarde da noite, me alimentei ontem, de um assaltante que mais tarde vi no noticiário que tinha uma extensa ficha criminal, então não preciso sair à procura de alguém digno de morte.

Abro a porta do apartamento, entro, a fecho e acendo o interruptor ao lado da porta deixando minha bolsa sobre o balcão da cozinha revirando os olhos quando vejo quem está na sala.

- Tryn. - Reviro os olhos.

- você não aprende nunca? - Começa a caminhar até mim -o justiceiro de Jorda já está conhecido nacionalmente sabia? - Tira o celular do bolso e me mostra uma matéria no celular guardando-o novamente.

- o que você quer? Estou longe de problemas.

- mas, algo assim chama atenção indesejada e... - me encara - mostra como você está sem controle nenhum da sua sede.

Fico em silêncio, não tenho argumentos, ele tem razão, apenas juntei o útil ao agradável.

- Lucio mandou você parar ou dessa vez ele não vai ter piedade. - Começa caminhar até a porta e vira em minha direção quando coloca a mão na maçaneta - você devia fechar a porta da sacada. - Olha em direção a sala.

Olho em direção a sala e percebo o vento balançando a cortina, e quando olho em direção a porta Tryn não está mais ali.

Respiro fundo.