Capítulo 23

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Sigo direto para o escritório de Loran assim que entro na mansão, abro a porta, me encosto no batente, Loran está sentado na cadeira atrás da mesa, Amadrya está em seu colo com os braços envoltos em seu pescoço, seus olhos encontram os meus, não preciso dizer nada, ele olha para Amadrya e diz:

— pode nos dar licença?

Ela sorri enquanto assente com a cabeça, lhe dá um beijo e se levanta do seu colo. Desencosto do batente da porta para ela passar, ela sorri para mim antes de sair e um piscar de olhos Loran está ao meu lado fechando a porta.

O olho, ele está com alguns botões da camisa social preta abertos, as mangas estão erguidas, seu cabelo sempre impecável está um pouco bagunçado, com certeza ele estava ocupado antes de eu chegar aqui, mas não me importo com isso, só quero parar de sentir.

Grande ironia, corro até Thomas para sentir algo e depois corro até Loran para parar de sentir.

Uso minha força para empurrá-lo contra parede, Loran me olha com os olhos semicerrados, uso minha velocidade, me aproximo dele, depois uso minha força para segurar seus pulsos contra parede e com a outra mão seguro seu cabelo deixando amostra a lateral do seu pescoço.

Não estou pensando em minhas ações, não quando o som do sangue nas veias de Loran soando como música aos meus ouvidos e encravo minhas presas nele fazendo-o suspirar.

Ele me deixa sugar seu sangue por alguns segundos, depois não precisa de muito para soltar minha mão dos seus pulsos, segurar meu cabelo com firmeza, afastar minha boca do seu pescoço e me fazer o olhar.

Passo a língua nos lábios limpando os vestígios do seu sangue preto, seus olhos estão sobre minha boca, sua mão ainda segura firme meu cabelo e ele diz:

— venho acalmar a tempestade que você criou?

Sei que ele sabe sobre mim e Thomas, mas agora já estou mais calma, seu sangue é calmamente.

— só mais um pouco. — Peço e seguro em seu braço exercendo força em uma tentativa dele me soltar, em vão.

— não! — é firme e segura minhas bochechas com a outra mão — quando você vai aprender ficar longe dele? Ou você quer que eu garanta que nunca mais vai vê-lo.

Ele está me ameaçando, mas não ligo, só quero mais do seu sangue.

Seguro sua garganta com uma mão, ou tento, minha mão é pequena para segurar com a mesma firmeza que ele está segurando meu rosto e cabelo, mas minha força faz sua cabeça bater contra a parede.

— preciso dele.

Ele sorri de canto, me encara de cima para baixo e diz:

— engraçado que toda vez que você diz precisar dele corre para mim em seguida. — Puxa meu rosto para perto do dele — não está equivocada de quem precisa?

Meu corpo se aproxima do de Loran quando ele puxa meu rosto, nossos corpos se encostam e a corda invisível que nos une desparece no mesmo instante. Respiro fundo, afrouxo minha mão em sua garganta, a abaixo de vagar e digo:

— precisava me acalmar.

Me sinto sem força para me mover, meus braços estão moles, estou mais calma, mas ainda lembro da sensação de vê-lo com outra. Loran solta meu cabelo, depois minhas bochechas, limpa o canto da minha boca com o polegar e diz:

— fica longe dele Isabelli, é o último aviso, cedo ou tarde ele vai descobrir a verdade e isso nunca acaba bem.

Me afasto dele, seguro o cabelo com as mãos, ainda posso sentir, por que ainda posso sentir?

IsabelliOnde histórias criam vida. Descubra agora