O dia da viagem chegou, é o último final de semana de novembro, Loran não tocou no assunto do que rolou dentro do carro desde então e eu também não, apenas continuamos nossas vidas como se nada tivesse acontecido.
Já estamos dentro do avião esperando a decolagem, Loran está sentado ao meu lado, Rafe está sentado do outro lado do corredor ao lado do fotógrafo além de maquiadores, cabeleireiros e mais modelos.
Sinto um frio na barriga é a minha primeira vez andando de avião, cruzo minhas pernas, descruzo de novo, me ajeito na poltrona que cabe duas de mim e olho ao redor.
Estamos na primeira classe, um par de poltronas uma do lado da outra dá espaço mais que suficiente o que proporciona conforto e liberdade nos movimentos. Tem uma pequena televisão na frente de cada par de poltrona almofada de bege, olho para Loran, ele está olhando pela janela, ele até me ofereceu ficar na janela, mas recusei. O piloto faz alguns anúncios, puxo o cinto, me atrapalho toda, minhas mãos estão tremendo e Loran me ajuda o prender.
Medo ao extremo aparentemente é outro estimulante.
Repouso minha mão sobre o braço da poltrona em uma tentativa de impedir que ela pare de tremer, o avião começa a decolar, meu corpo cola na poltrona, minha respiração começa a ficar ofegante e sinto o calor da mão de Loran sobre a minha a segurando firme.
Olho para as nossas mãos, o olho, ele sequer me olha, mas continua segurando firme minha mão durante toda a decolagem.
Dez horas de voo e dez horas sem trocar uma palavra com Loran, ele está agindo como se fosse meu chefe, com frases formais e pouco, ou quase nulo contato visual.
Pousamos na capital, Juneau pela manhã, tomamos café no aeroporto, duas horas depois estamos dentro de outro avião rumo a Ketchikan.
A cidade é exatamente como meu pai falou, repleta de casas coloridas banhada por água e com pontes de madeiras, mas não ficamos muito tempo. Logo estamos dentro de camionetes rumo as montanhas.
Desço da camionete quando paramos em frente a uma cabana rústica de madeira, meus pés afundam na neve e o ar gélido arde meu nariz. Olho ao redor não há nada além dessa cabana em quilômetros.
As outros modelos começam a subir os sete degraus com um corrimão de madeira que dão em uma porta de correr de vidro, Loran me entrega a minha mala, a levanto e sigo o mesmo caminho que elas.
Entrando pela porta há uma lareira a direita que toma conta de toda a parede, em frente a lareira um sofá espaçoso bege com almofadas da mesma cor e um tapete de carpete fofo cobre todo o piso. Mais dois degraus acima uma mesa de sinuca divide espaço com um bar de madeira rústico de frente a duas portas de correr que olhando de relance vejo uma jacuzzi através delas. Descendo mais dois degraus tem um corredor, em frete ao corredor uma sala de jantar com uma mesa com doze lugares de frentes a uma bela cozinha de armários de madeira com uma bancada em L. É o que eu consigo ver, sigo as outras modelos pelo corredor que se divide para esquerda e para direita, e continua em frente em outra divisão.
Sigo Rafe que mostra respectivamente o quarto de cada modelo, na verdade elas estão os dividindo em dupla na primeira divisão do corredor, eu não recebo um quarto e continuo seguindo Rafe até a próxima divisão do corredor até o último quarto onde ele abre a porta e vejo uma parede totalmente de vidro que dá vista para as montanhas com uma cama de madeira como todos os móveis da casa é em frente.
— para a minha melhor modelo o melhor. — Sorri e indica com a mão para que eu entre.
Sorrio, finalmente coloco a mala no chão, olho em direção ao corredor, a muito tempo não vejo Loran, olho para Rafe e arrasto a mala pelas rodinhas junto comigo para dentro do quarto.
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Isabelli
VampirosTudo o que você sabe sobre vampiros está errado! Mordidas que transformam, a estaca de madeira no coração, o sol que queima, os morcegos... tudo isso está errado, menos uma coisa, a sede por sangue. Uma sede insaciável, só não mais que a ambição h...