Viro a esquina de casa e as luzes dos faróis iluminam a camionete de Nicolas estacionada na frente.
Estaciono em frente a garagem, desço do carro e sigo direto para a camionete. Nicolas abre a porta do passageiro quando me aproximo, o olho, entro, fecho a porta e ele diz:
— onde enfiou o celular que não me atendeu?
Então era o meu celular tocando.
— como pode ver eu não estava em casa. — respondo e olho a hora no painel, três da manhã — o que está fazendo aqui? — Direciono meu olhar para ele.
Nicolas força uma tosse, segura o volante com as duas mãos e não me olha quando diz:
— vi o Fernando.
Fico em silêncio, se ele me ligou e veio até minha casa de madrugada porque viu o Fernando, não é algo bom.
Ele me olha.
— ele terminou comigo. — Expira pela boca — ele pediu para me ver só para terminar.
— Nicolas. — Toco sua mão ainda no volante — sinto muito. — Afasto minha mão e o olho.
— o que eu posso dizer vindo de um vampiro. — me olha de canto
Sei que ele está me provocando, mas não posso deixar de revirar os olhos.
— trouxe uma coisa para você. — Nicolas estica a mão até o banco traseiro e volta com um caderno com capa de couro gastada — é um diário, de Loran. — Estica o caderno em minha direção.
Arregalo os olhos surpresa, um diário de Loran?
Pego o caderno, olho para Nicolas e digo:
— não combina com Loran ter um diário.
— em comparação a quantidade de tempo que ele viveu acho que é um diário pequeno. — Olha para o caderno — achei que você iria gostar.
Sorrio.
— obrigado.
Nicolas relaxa as costas no banco, vira o rosto em minha direção, funga o ar e diz:
— estava transando. — ele com certeza está afirmando e não perguntando.
— ah qual é? Eu tomei banho.
— é quase impossível não sentir esse cheiro depois que entrei nessa camionete pela primeira vez.
Prenso os lábios para não rir, olho para o banco de trás rapidamente e depois o olho.
— estava com a Alisson e com o Thomas.
Nicolas arregala os olhos e desencosta do banco inclinando um pouco seu corpo em minha direção.
— saquinho de ossos. — diz perplexo — o que achou da experiência?
— boa, se não fosse pelo fato que eu ainda o amo, que Alisson o ama e que eu o magoei. — Forço um sorriso.
A expressão no rosto de Nicolas fica séria.
— você o ama?
— eu não falei que o amo.
— acabou de falar.
— não falei não.
— falou sim.
— tá, eu o amo. — Gesticulo com as mãos.
— ele sabe?
Nego com a cabeça.
— nem eu sabia. — Rio e faço Nicolas rir.
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Isabelli
VampirTudo o que você sabe sobre vampiros está errado! Mordidas que transformam, a estaca de madeira no coração, o sol que queima, os morcegos... tudo isso está errado, menos uma coisa, a sede por sangue. Uma sede insaciável, só não mais que a ambição h...