Capítulo 27

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Acordo sonolenta pela manhã, o quarto ainda está escuro, a cortina está fechada, olho para Thomas deitado ao meu lado, sorrio, ele parece um bebê dormindo, pego o celular na cabeceira da cama, tiro uma foto e me levanto. Aproveito para lavar o rosto e escovar os dentes, coloco um short de malha curto e uma camiseta e vou para cozinha preparar algo para comer.

Pego os ingredientes que a minha mãe costuma fazer panqueca e depois de terminar de fazer a massa escuto o barulho do chuveiro no meu quarto, eu posso me acostumar com isso, eu e ele acordando juntos todos os dias.

Coloco a primeira panqueca na frigideira, depois de um tempo a viro com a espátula, depois a tiro e coloco em um prato. Não ouço mais o barulho da água e me viro em direção ao corredor quando ouço a voz de Thomas que fica ainda mais rouca pela manhã:

— vai me acostumar mal.

Mordo meu lábio inferior, a toalha está enrolada em sua cintura deixando amostra seu peitoral e abdômen definidos, finjo costume e me viro para colocar mais massa na frigideira e quando a viro os braços de Thomas envolvem minha cintura me abraçando.

Encosto minha cabeça em seu peito, me viro de frente para ele e lhe dou um selinho.

— precisa de uma roupa? Acho que a minha mãe ainda tem algumas roupas do meu pai. — Começo a caminhar até o quarto da minha mãe do outro lado da sala.

Volto com uma bermuda de corrida e uma camiseta, as únicas roupas menos formais que encontrei, Thomas me dá um selinho, pega a roupa e volta para o quarto. E eu volto correndo até o fogão próximo a geladeira, o cheiro de queimado invade a cozinha, esqueci da panqueca.

Jogo a panqueca queimada no lixo, termino de preparar o restante da massa, faço um suco de laranja natural, pego a calda e o chantili na geladeira além de mirtilos. Coloco tudo em cima do balcão com dois pratos, garfos e copos, e quando termino de arrumar uma música que tenho ouvido muito começa a tocar no sistema de som da casa, Don't be Fool – Shawn Mendes.

Thomas aparece no corredor estralando os dedos e movendo os quadris no ritmo da música, eu sorrio e começo a cantarolar a música junto com ele. Ele se aproxima, segura minha mão, me gira e quando paro em sua frente ele segura em minha cintura me conduzindo no ritmo da música.

Apoio minha cabeça em seu ombro e me deixo ser conduzida por Thomas. Eu poderia ter tudo isso, mas vou ter que deixá-lo ir, e eu não quero deixá-lo ir. Suas mãos seguram minhas costas, seus dedos deslizam por ela, eu apoio o queixo em seu peitoral, direciono meu olhar para cima procurando o dele e digo:

— você é quem vai me acostumar mal.

Ele sorri, beija minha testa, para a dança e diz:

— uma playlist só para mim? — Leva a mão no bolso da bermuda e tira o meu celular.

Arregalo os olhos, me afasto dele e minhas bochechas começam a queimar.

Thomas olha para tela do celular e começa a dizer:

— Don't be a fool, Fallen Star... — me olha rapidamente e volta os olhos para tela do celular — Into It, Hotel Room. — sua voz entoa bem as duas últimas músicas e ele deixa o celular sobre o balcão.

Minhas bochechas parecem duas lareiras, pego o celular em cima do balcão, o olho e digo:

— você mexeu no meu celular? — O encaro.

— fui ver a hora, o aplicativo de música estava aberto, não sabia que estava conectado ao sistema de som. — Caminha em minha direção e para em minha frente — agora eu quero.

O olho e arqueio as sobrancelhas.

— quer o que?

— transar com você ouvindo essas músicas.

IsabelliOnde histórias criam vida. Descubra agora