Volto para meu apartamento com um sorriso no rosto, passamos em um delivery na volta para casa e comemos hambúrgueres no carro antes de eu deixar Nicky em casa.
Coloco a chave na fechadura da porta, a giro, abro a porta, tiro a chave, abro a porta, entro e quando estou colando a chave na fechadura de novo pelo lado de dentro ouço uma respiração pesada.
Olho em direção a sala e reviro os olhos no instante que vejo Lucio, me esqueci que ele havia feito uma cópia da chave na semana que ficou aqui.
Bato a porta, coloco a mão na cintura e pergunto:
— o que está fazendo aqui?
— vim me certificar que você vai cumprir com o nosso combinado de vigiar Natalie.
— se você vai vigiar a minha vigia por que você mesmo não a vigia? — Arqueio as sobrancelhas e começo a caminhar em direção ao corredor, não vou deixar Lucio estragar a minha noite que foi maravilhosa.
— onde você estava? — Lucio pergunta antes mesmo de eu chegar no corredor.
Me viro lentamente em sua direção.
— com um amigo.
— com Nicolas?
Dou de ombros.
— não.
Pisco e Lucio está na minha frente.
Deixo minha postura ereta e coloco o cabelo para trás, não vou me deixar intimidar por esses olhos verdes.
— não mente para mim.
— não estou mentindo. — o encaro.
— está, como mentiu quando disse que não veria mais o humano.
Que cara chato.
— e se eu estivesse com Nicolas qual é o problema?
— eu não tenho problema nenhum com isso, mas ele sabe que você está o usando só para sentir alguma coisa?
Ergo a mão e mostro o dedo do meio para ele.
— vai se foder. — me viro e começo a caminhar em direção ao corredor.
— eu te amaldiçoou. — diz e me faz me virar em sua direção.
— que?
— eu te amaldiçoou. — repete — você mentiu para mim, então eu tenho o direito de te amaldiçoar e te amaldiçoou a nunca mais gerar nada.
Reviro os olhos.
— não acredito nessas coisas.
— pois devia, lobisomens são lobisomens porque algumas famílias tentaram enganar um celestial.
— que ridículo. — Coloca a mão na cintura — eu gero coisas... — Aponto com o anelar a porta do ateliê no corredor — eu desenho e pinto.
— já gerou algo sem que fosse inspiração externa? — me encara por alguns segundos — se já criou, não vai criar mais, assim como não vai gerar nada. — Olha para minha barriga exposta por causa do cropped.
Rio.
— o pai dos vampiros não se lembra do ser que ele mesmo criou? — Tiro a mão da cintura — não posso engravidar, então foda-se você e sua maldição. — me viro e dessa vez sigo até o corredor.
— o dia que tentar criar algo sem inspiração externa me conta como foi.
Ouço sua voz, mas a ignoro, Lucio acabou de estragar minha noite.
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Isabelli
VampireTudo o que você sabe sobre vampiros está errado! Mordidas que transformam, a estaca de madeira no coração, o sol que queima, os morcegos... tudo isso está errado, menos uma coisa, a sede por sangue. Uma sede insaciável, só não mais que a ambição h...