Em um mundo devastado pela doença conhecida como "Fulgor", Hazel se vê no centro de uma luta pela sobrevivência e pelo recomeço. Após anos de combate e desafios, Hazel, uma das líderes mais respeitadas do BRAÇO-DIREITI, carrega o peso de proteger nã...
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL 'PAIGE'
De repente, Hazel se viu em um lugar diferente. As memórias vieram como uma torrente, rápidas e implacáveis. Ela estava usando um jaleco branco, caminhando por um corredor esterilizado. As paredes brancas e brilhantes pareciam se fechar ao seu redor. Ela se lembrava de rostos, cada um deles os garotos da Clareira. Seus olhares inocentes e confiantes contrastavam com o peso do conhecimento que ela carregava.
Viu-se em um laboratório, ao lado de outros cientistas. Eles observavam os garotos, anotando dados em pranchetas. Hazel sentiu um nó no estômago ao se ver ali, parte de algo tão cruel. O símbolo do C.R.U.E.L. em cada equipamento ao seu redor a enchia de repulsa.
Cenas rápidas se desenrolaram na sua mente: experimentos, testes, manipulações. Ela via os garotos sendo enviados ao Labirinto, suas memórias sendo apagadas. Hazel se lembrava de lutar contra a culpa, mas se afundava nas justificativas que lhe foram dadas sobre a necessidade dos experimentos.
O rosto de Alby surgiu em sua mente, seguido por Newt, Minho, Chuck... e finalmente, Gally. Cada um deles olhava para ela com confiança e esperança, desconhecendo a verdade sombria por trás de suas circunstâncias.
A dor em suas costas se intensificou, trazendo-a de volta ao presente. Hazel acordou de supetão, o coração batendo freneticamente enquanto as imagens dos flashbacks ainda pulsavam em sua mente. O teto da cabana improvisada parecia girar acima dela, e ela piscou repetidamente, tentando se acostumar com a luz suave que entrava pelas frestas. Lentamente, seus olhos se ajustaram e ela se sentou, sentindo uma leve tontura ao fazer isso. Olhando ao redor, percebeu que estava na enfermaria, ou no que restava dela. O cheiro de ervas e fumaça enchia o ar, e os sons abafados da clareira a rodeavam.
Em seu campo de visão, Newt apareceu primeiro, seguido por Minho e a garota nova, Teresa. Todos tinham semblantes preocupados, e a tensão era palpável. Newt se abaixou até ficar na frente de Hazel, os olhos azuis fixos nos dela, cheios de preocupação e alívio misturados.
── Como você está se sentindo, Hazel? ── Newt perguntou, a voz baixa e suave.
Hazel piscou algumas vezes, tentando encontrar palavras. ── Eu... estou confusa. Como estou... tão bem? ── Sua mente ainda processava os flashbacks que a haviam assolado. ── Eu deveria estar... a picada... eu deveria estar pior.
Newt assentiu, a expressão séria. ── Teresa tinha mais duas injeções com a cura. Ela aplicou uma em você. Foi por isso que você melhorou tão rápido.
Minho, com os braços cruzados, observava com uma mistura de alívio e preocupação. ── Fico feliz que esteja bem, não posso perder agora a minha melhor corredora! ── Hazel sorriu com a fala de Minho.
Teresa deu um passo à frente, sua expressão também preocupada, mas determinada. ──Eu sabia que tínhamos que agir rápido. Não podíamos perder você, Hazel.
