𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘-𝐓𝐖𝐎

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Eu não fazia ideia de quanto tempo já estávamos no dentro do carro

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Eu não fazia ideia de quanto tempo já estávamos no dentro do carro. A viagem parecia um borrão interminável de paisagens desoladas e estradas sinuosas. O que mais chamava atenção no veículo eram os grandes chifres que enfeitavam a frente do carro, um toque excêntrico que me fazia lembrar das terras áridas de onde o veículo provavelmente vinha.

Estávamos indo para as montanhas, e as montanhas agora pareciam mais próximas. O alívio e a felicidade no carro eram palpáveis; todos estávamos gratos por termos encontrado um jeito de chegar mais rápido. Sentada ao lado da janela, eu apreciava a vista, ou melhor, o que restava dela. O deserto ficando para trás, ou melhor dizendo, cidades fantasmas passavam como sombras. A beleza do mundo parecia uma memória distante.

A estrada à frente parecia diminuir, estreitando-se à medida que nos aproximávamos do nosso destino. A sensação de ansiedade crescia dentro de mim, uma mistura de esperança e medo. Cada quilômetro percorrido nos levava mais perto do desconhecido, e eu não conseguia parar de pensar em Brenda. Ninguém no grupo ainda sabia que ela estava infectada, e a preocupação corroía meus pensamentos. Eu tinha esperança que Mary pudesse ajudá-la quando chegássemos. Com mais recursos nas montanhas, talvez houvesse uma chance.

O vento frio soprava através da pequena abertura da janela, trazendo consigo o cheiro da morte e também do queimado, mas era apenas uma sensação, algo influenciado pela minha mente a sentir. Meus pensamentos se misturavam com o ritmo monótono do motor. O que aconteceria se não conseguíssemos salvar Brenda? A ideia de perdê-la me assombrava. Ela era forte, uma lutadora, e eu não podia suportar a ideia de vê-la sucumbir à infecção.

A cada curva da estrada, minha mente vagava por cenários de esperança e desespero. Eu me sentia uma observadora em minha própria vida, vendo as coisas acontecerem com uma clareza dolorosa, mas incapaz de mudar o curso dos eventos. A memória da pancada que levei mais cedo ainda estava fresca, uma lembrança constante da nossa vulnerabilidade.

O Chevrolet Suburban balançava levemente enquanto avançávamos, os chifres na frente do carro lançando sombras estranhas na estrada. Matteo estava ao volante, concentrado, enquanto Matteo e os outros discutiam planos e estratégias em voz baixa o que falariam ou fariam quando chegassemos. O som de suas vozes era um conforto distante, um lembrete de que eu não estava sozinha.

A visão das montanhas à distância trazia um fio de esperança. Elas se erguiam majestosas contra o horizonte, promissoras e ameaçadoras ao mesmo tempo. A estrada que parecia infinita começava a se curvar, indicando que estávamos realmente nos aproximando. A ansiedade dentro de mim crescia, uma mistura de alívio e tensão.

Fechei os olhos por um momento, tentando encontrar um pouco de paz. Sentindo que podia descansar tanto fisicamente, quanto emocionalmente. Era tudo o que importava. Enquanto o carro seguia seu caminho, senti um renovado senso de determinação. Não importava o que enfrentássemos, iríamos superar juntos. E, com sorte, encontraríamos uma maneira de salvar Brenda.

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