𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐑𝐓𝐘-𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

O tempo parecia arrastar-se enquanto observava Teresa amarrar o cabelo em um coque alto, preparando-se para retirar os dispositivos que nos marcavam. Eles eram mínimos, quase como fios invisíveis, mas críticos para o sucesso de nossa missão. Cada um de nós se submeteu a esse procedimento, esperando ansiosamente nossa vez.

Quando chegou a minha vez, me sentei de costas para Teresa, inclinando a cabeça para frente e segurando meus cabelos para que ela pudesse trabalhar melhor.

──  Isso vai doer um pouco ── avisou Teresa, sua voz soando quase apologética.

Não respondi nada. Em seguida, senti a lâmina cortar a parte de trás do meu pescoço. Era um corte mínimo, uma dor quase insignificante. Com uma pinça, Teresa começou a retirar o pequeno dispositivo, trabalhando com precisão cirúrgica. Senti uma leve pressão e um desconforto quando ela puxou o marcador de minha pele.

── Sinto muito por isso, Hazel. Minha intenção nunca foi te atingir ── disse Teresa, sua voz carregada de culpa.

── É claro que não foi ── respondi friamente.

Ela olhou para a faixa no meu braço, notando o curativo.

── Você se machucou? ── perguntou, tentando demonstrar preocupação.

Puxei a manga da blusa, cobrindo a faixa.

── Isso não é da sua conta ── respondi secamente.

Quando senti que Teresa havia terminado, levantei-me e peguei um esparadrapo para limpar o sangue. Thomas se sentou no meu lugar para retirar o dispositivo também. Andei até a mesa e olhei para os outros, que estavam espalhados pelo local, cada um perdido em seus próprios pensamentos.

De repente, Liz entrou na sala, parando abruptamente na porta ao ver Teresa. Ela parecia assustada e receosa, uma expressão de choque estampada em seu rosto. Franzi o cenho com a reação dela, intrigada.

── Gally ── chamou Liz, sua voz tremendo levemente.

Gally foi até ela imediatamente, e ambos se afastaram para um canto mais reservado da sala. Observei Teresa, mas ela parecia concentrada em Thomas, ambos trocando palavras baixas.

Lembrei-me da conversa com Gally e da minha ameaça a Liz. Percebi como Gally parecia confortável e bem ao lado dela, e a amarga verdade de que talvez ele nunca voltasse a se sentir daquela maneira comigo se enraizou em meu peito. Quando Gally e Liz me olharam por um momento, desviei o olhar.

Andei pela sala até minha katana, que havia descansado por dias. Segurei o cabo firme e a retirei da saya. Sua lâmina tinha algumas marcas do tempo, mas ainda brilhava intensamente. Descansando a lâmina sobre a mesa, vi meu reflexo nela, brilhando de maneira perturbadora.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 Onde histórias criam vida. Descubra agora