𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘-𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

A medida que nos aproximávamos do nosso destino, a visão à frente nos fez parar o carro. Antes dos muros imponentes da Última Cidade, havia uma grande aglomeração de pessoas vivendo do lado de fora, entre os escombros do que um dia foi uma cidade. Era uma visão caótica, quase surreal. Essas pessoas transformaram os destroços em suas casas, mas o movimento constante das massas tornava difícil distinguir ordem em meio ao caos.

Ajustei minha mochila nos ombros, apertando as correias para garantir que ela estivesse bem segura. A katana descansava firme na saya, pronta para ser usada a qualquer momento. Saímos do carro, trocando olhares de determinação silenciosa, e começamos a nos infiltrar entre a multidão. O espaço era exíguo para tanta gente, corpos se comprimindo, roçando uns nos outros. Eu podia sentir a pressão de cada movimento ao meu redor, temendo a qualquer momento ser esmagada por aquela massa pulsante.

Os muros enormes da Última Cidade se erguiam logo à nossa frente, uma barreira imponente entre nós e o que procurávamos. ── Esse lugar virou um inferno ──reclamou Jorge, sua voz carregada de frustração.

── Bota inferno nisso ── resmunguei, ecoando seus sentimentos.

── É só a gente ficar junto ── disse Thomas, olhando para nós com seriedade. Suas palavras eram tanto uma ordem quanto um lembrete de que precisávamos nos manter unidos para sobreviver.

Caminhei ao lado de Brenda, nossos passos sincronizados, tentando não nos perder na multidão. ── Nós somos a voz dos sem vozes! ── Uma voz amplificada por alto-falantes ecoou pelas ruas, vindo de trás de nós. Paramos e olhamos para trás, avistando um carro que se aproximava lentamente.

── Eles se escondem atrás de muros ── proclamou um homem, sentado em cima do carro. A multidão ao seu redor parecia apoiá-lo, suas vozes se elevando em concordância com seu discurso inflamado. Ao lado dele, havia mais pessoas, todas usando máscaras que cobriam seus rostos e carregando armas de forma ameaçadora.

── Pensando que podem manter a cura para si mesmos, enquanto vêem o resto de nós murchar e apodrecer ── continuou o homem, sua voz ganhando a atenção de todos. Os gritos de concordância cresciam, e o carro avançava devagar, quase como se flutuasse sobre a multidão.

Sem alternativa, seguimos o exemplo dos outros e nos movemos para o lado, abrindo espaço para o carro passar. ── Mas querem saber? Existem mais de nós ──  o homem continuou, sua voz ecoando enquanto o veículo passava diante de nós.

Observei aquelas figuras estranhas, as máscaras cobrindo seus rostos e as armas em suas mãos. A sensação de que eles tinham controle sobre aquele lado da cidade era palpável. Balançando a cabeça, decidi ignorar o discurso e olhar ao redor. A cena ao nosso redor era de um grande caos. Pessoas lutavam para sobreviver, cada uma à sua maneira, em meio aos escombros e à desordem.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 Onde histórias criam vida. Descubra agora