𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍𝐓𝐄𝐄𝐍

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O som do helicóptero ainda ecoava em minha mente quando o mundo ao meu redor começou a se distorcer. Imagens fragmentadas surgiram, memórias desordenadas de um tempo que eu queria esqecer. Em meio ao caos, lá estava ela, a Dra. Ava Paige, sua figura imponente projetada contra a luz fria de um laboratório estéril.

── Você precisa colocar a cabeça no lugar, Hazel ── disse ela, sua voz afiada como uma lâmina. ── Um dia, você estará no meu lugar.

── Eu nunca serei como você ──  retruquei, minha voz cheia de convicção, mas também de medo. Ava se aproximou, seus olhos perfurando os meus, e segurou meu queixo com firmeza.

── Você é minha filha ── murmurou, cada palavra pesada com a inevitabilidade do destino. ── Este é o seu futuro.

A cena começou a se desintegrar, as bordas borradas e distorcidas, até que me encontrei em um novo cenário, mais sombrio e aterrorizante. Um pesadelo tomou forma. Gally, a quem eu havia matado, surgiu diante de mim, seu corpo retorcido e infectado pelo vírus.

── A culpa é sua ── ele sussurrou, a voz ecoando como um mantra.  ── Por que você fez isso? ── Olhei para minhas mãos, manchadas de sangue fresco, e um calafrio percorreu minha espinha. O facão estava cravado no peito dele, um lembrete da minha traição.

── Desculpa ── murmurei, minhas palavras parecendo fracas e insignificantes. A voz de Gally crescia, repetindo suas acusações, até que ele se lançou violentamente em minha direção. Mas antes que ele me alcançasse, acordei abruptamente, ofegante, com o som do meu nome sendo chamado.

── Temos que ir! Anda, Hazel! ── Minho gritava, sacudindo-me com urgência. Ao meu lado, Thomas também estava sendo acordado com pressa. Pisquei, tentando focar na realidade ao meu redor, lembrando que estávamos no helicóptero.

O helicóptero já havia pousado, e eu me levantei rapidamente, meu corpo ainda tremendo do pesadelo. Um dos soldados me segurou pelo braço, guiando-me em direção a uma enorme instalação cercada por um mar de areia. Tudo ao redor havia se transformado em um grande deserto.

Enquanto éramos levados às pressas, olhei para trás e vi guardas gritando. ── CRANKS! TEM UM ENXAME VINDO! ── Disparos começaram a soar por toda parte, e eu acelerei o passo, obedecendo ao homem ao meu lado.

Meus amigos estavam logo à frente, movendo-se com a mesma urgência. Quando nos aproximamos das portas da instalação, entramos rapidamente, e as portas se fecharam com um estrondo, abafando o som dos tiros lá fora. Minho me deu um olhar de preocupação, mas também de curiosidade.

── Que lugar é esse? ── perguntou ele, mas a tensão em sua voz era inconfundível. O pesadelo ainda pairava sobre mim, mas agora tínhamos um novo desafio a enfrentar. Eu só podia esperar que tivéssemos força suficiente para sobreviver.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 Onde histórias criam vida. Descubra agora