𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐑𝐓𝐘-𝐅𝐈𝐕𝐄

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

Eu acordei com uma dor surda latejando em minha cabeça, uma luz branca acima de mim iluminando o ambiente de forma quase agressiva. O teto parecia desconhecido, uma superfície metálica e fria que refletia a luz com intensidade. Por um momento, não consegui distinguir onde estava. A cama onde me encontrava era dura, e o ar ao redor parecia pesado, carregado de uma umidade que fazia minha pele arrepiar.

Levei um tempo para me orientar, levantando-me devagar e observando minhas mãos trêmulas. A lembrança dos sintomas do fulgor voltou como um pesadelo vivido. Eu podia estar inconsciente, mas meu corpo reagira violentamente ao vírus. Primeiro, veio o calor insuportável, o suor escorrendo pelo meu rosto como se estivesse imersa em um forno. Meus músculos tremiam descontroladamente, e uma febre avassaladora tomava conta de mim. Senti a dor ardente como se minhas veias estivessem em chamas, o desespero de perder o controle, a visão embaçando e o mundo girando.

Mas agora, acordada, não havia nenhum resquício desses sintomas. Apenas o ferimento em meu braço, grosseiramente enfaixado, indicava que algo havia acontecido. Não sentia mais a febre, nem o suor ou os tremores. Era como se meu corpo tivesse lutado e vencido, deixando apenas uma cicatriz como lembrança.

Estava pronta para sair daquele cômodo quando a porta se abriu de repente, o rangido ecoando pelas paredes metálicas. Meu olhar foi direto para a figura que entrou, e meu coração quase parou. Gally. O que ele estava fazendo ali? Ele parecia tão surpreso quanto eu. Sua expressão de confusão era visível, os olhos arregalados enquanto ele fechava a porta atrás de si.

── O quê? ── murmurou Gally, a incredulidade marcando suas palavras.

Levantei-me completamente, meus olhos fixos nas mãos dele. Ele segurava um kit de primeiros socorros e uma caixinha preta. Minha caixinha. Reconheci-a imediatamente. Dentro dela estavam minhas seringas, minha tentativa desesperada de desenvolver uma cura.

── Por que você está com isso? ── questionei, meu tom firme, mas carregado de curiosidade e um leve toque de alarme.

Gally pareceu hesitar antes de responder, a mão segurando a caixinha com um aperto quase protetor. ── Eu estava mexendo nas suas coisas. Achei essa caixinha preta com as seringas. Presumi que fosse a cura que você disse que conseguiu desenvolver. Resolvi ajudar aplicando uma em você.

Peguei a caixinha das mãos dele com um movimento rápido, meus olhos fixos nos dele. ── Não quero você mexendo nas minhas coisas ── disse, a raiva começando a fervilhar em meu peito.

Ele ignorou minha advertência, a preocupação ainda visível em seu rosto. ── Como... como você está tão bem? Uma hora atrás, você estava suando e tremendo, com febre.

Respirei fundo, tentando acalmar a tempestade de emoções dentro de mim. ── Eu tinha uma chance. Uma grande chance de ser imune e uma mínima de não ser. Não tinha certeza antes, mas agora eu tenho.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 Onde histórias criam vida. Descubra agora