𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘-𝐍𝐈𝐍𝐄

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Corríamos desesperados pelos túneis, fugindo dos cranks que vinham em nossa direção com uma determinação aterrorizante

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Corríamos desesperados pelos túneis, fugindo dos cranks que vinham em nossa direção com uma determinação aterrorizante. Thomas nos conduziu por outro túnel, talvez a única saída daquele pesadelo. À medida que corríamos, podia ver uma luz à frente. ── Ah, merda! ── xingou Thomas, olhando para trás e vendo que os cranks não desistiam.

── Continua! NÃO OLHA PRA TRÁS, PORRA! ── gritei para Thomas, forçando-o a focar no caminho à frente. Corremos até chegar ao fim do túnel, a luz invadindo nossos olhos. Paramos abruptamente quando Thomas nos impediu de prosseguir, vendo que não havia caminho adiante. Estávamos a metros do chão, cercados apenas por destroços.

── Pra onde? ── Matteo perguntou, desesperado.

── Por aqui! ── Brenda respondeu, apontando e começando a escalar os destroços em direção a um enorme prédio inclinado sobre outro prédio.

Olhei para os cranks que quase nos alcançavam e comecei a seguir Brenda. O caminho pelos destroços era estreito, mas continuei, com os dois rapazes logo atrás de mim. Subimos até alcançar a parte de dentro do prédio inclinado, vendo o quão destruído estava por dentro. Brenda varreu rapidamente o lugar com o olhar.

── Droga, e agora? ── Perguntou Thomas.

── Já sei, vem ── respondeu Brenda, continuando a subir, segurando-se no que estava firme.

Eu ia logo atrás dela, não evitando olhar para baixo e ver que os cranks ainda nos perseguiam. ── CUIDADO! ── gritou Brenda. Olhei para cima e desviei rapidamente para o lado quando um armário pequeno deslizou para baixo, quase me atingindo. Thomas e Matteo também desviaram, assistindo o objeto pesado acertar um dos cranks embaixo, quebrando um dos vidros e fazendo-o despencar.

Ainda assim, havia mais deles, e eles continuavam nos perseguindo. Brenda e eu atravessamos um espaço estreito após subirmos um pouco mais. Matteo e Thomas vieram logo atrás. Alcançamos a parte da escadaria do prédio, mas subíamos com cuidado, já que tudo estava com a estabilidade comprometida e as escadas estavam em um modo invertido por conta da inclinação do prédio.

── Andem logo ── mandou Brenda com urgência.

── Estamos logo atrás ── respondeu Matteo, seguindo-nos com pressa e tentando se equilibrar nas escadas.

O pânico crescia dentro de mim enquanto ouvia os passos dos cranks cada vez mais próximos. Minha mente estava em alerta máximo, tentando pensar em como poderíamos nos livrar deles e sair daquela situação vivos. Mas, no momento, a única coisa que podíamos fazer era continuar subindo, tentando escapar daquele pesadelo que parecia não ter fim.

Continuamos subindo, com cada passo sendo uma luta contra o medo que nos consumia. O som de nossos movimentos ressoava pelo prédio inclinado, e eu podia sentir o pânico pulsando através de mim. Olhei para os rapazes e ouvi Matteo xingar em desespero. ── CARALHO! ── Sua voz estava carregada de tensão, e eu me assustei quando um crank escalou pelo meio das escadas, alcançando-nos em segundos.

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