𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘-𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

Eu estava paralisada, observando Gally com uma intensidade que parecia consumir cada fibra do meu ser. Meu olhar fixo encontrava o dele, tentando decifrar qualquer indício de familiaridade ou de resposta que pudesse explicar sua presença. O ambiente ao nosso redor parecia desaparecer, a tensão tornando cada movimento, cada respiração, algo quase palpável. O corpo de Gally estava ali, diante de nós, mas meu cérebro se recusava a aceitar a realidade.

── Mais alguém? Caçarola? Newt? ── A voz de Gally cortou o silêncio, desafiando qualquer um que quisesse desferir mais golpes. Ele nos observava, sua expressão indiferente, como se estivesse esperando algo, qualquer coisa.

Foi então que um impulso instintivo tomou conta de mim. Sem pensar, avancei e quebrei a distância entre nós. Abracei Gally com força, meus braços envolvendo-o com uma urgência desesperada. Eu precisava sentir seu corpo, precisava ter certeza de que era real. A sensação de seus músculos tensos contra os meus, a resistência de seu corpo sólido, era um alívio e uma dor ao mesmo tempo. Tentei conter as lágrimas, sentindo o peso do reencontro.

Gally, hesitante, tocou minhas costas com uma das mãos, um gesto que parecia mais um reflexo do que uma verdadeira retribuição. Ele estava lá, mas seu toque era distante, quase como se ele estivesse se esforçando para manter uma barreira emocional entre nós. Afastei-me um pouco, meus olhos encontrando os dele. O olhar de Gally era frio, carregado de uma expressão de desprezo e indiferença. A pergunta que se formava em meus lábios era sobre como ele estava ali, mas Newt interrompeu meus pensamentos.

── Como? Como é que pode estar aqui? A gente viu você morrer! ── A voz de Newt estava carregada de incredulidade e frustração, um eco da confusão que todos nós sentíamos.

Gally se afastou de mim, voltando seu olhar para Newt. ── Não, vocês me deixaram para morrer ──.ele respondeu, a amargura em sua voz visível. ── Se nós não tivéssemos achado vocês, estariam mortos agora.

Seu tom e suas palavras cortaram o ar como uma lâmina. O peso da culpa e da responsabilidade parecia se instalar em meu peito, uma sensação de que algo estava sendo cobrado de nós, um débito que não tínhamos como pagar. Gally então perguntou, com uma nota de frieza na voz, ── O que vieram fazer aqui?

Senti um aperto no coração ao perceber que ele parecia evitar meu olhar, como se minha presença fosse um peso que ele preferia não carregar. A sensação de culpa e arrependimento começou a corroer minha consciência, me fazendo sentir uma pressão esmagadora.

Com um movimento automático, recuei um pouco, sentindo meus medos brilharem em meus olhos. As mãos de Matteo tocaram meus ombros, um gesto de conforto e apoio em meio à confusão. Seu toque era um ancla no turbilhão de emoções que eu estava enfrentando.

── Minho. O CRUEL trouxe ele pra cá. A gente quer achar uma entrada ── explicou Newt, sua voz tentando trazer clareza para a situação.

── Posso ajudar a achar ── Gally ofereceu, sua atenção agora voltando-se para o grupo. Seus olhos passaram rapidamente por mim e Matteo antes de se fixarem em Newt e nos outros.

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