𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐅𝐓𝐘-𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤHAZEL PAIGE

O prédio do CRUEL se erguia diante de mim como uma sombra gigantesca, um monumento ao desespero e à destruição que agora se alastrava por todos os lados. As luzes, outrora imponentes e intimidadoras, piscavam intermitentemente, criando sombras e vultos nas paredes escuras e nas janelas quebradas. Um silêncio pesado pairava no ar, interrompido apenas pelo som distante de explosões e gritos que ecoavam pela cidade, mas aqui, neste edifício amaldiçoado, parecia que o tempo havia parado, aguardando o desfecho inevitável.

Entrei pela entrada principal, o peso da arma em minha mão como um lembrete constante daquilo que eu estava prestes a fazer. O corredor estava vazio, as luzes falhando, mas à medida que avançava, senti minha respiração acelerar, cada passo mais difícil do que o anterior. Até que a vi.

Ava.

Ela estava ali, parada em frente a uma grande janela que mostrava o caos lá fora, seus braços cruzados de forma quase casual, como se estivesse contemplando um espetáculo distante. Suas roupas brancas caíam com uma perfeição quase irônica, em contraste com a destruição ao seu redor. Cada detalhe dela, desde a postura elegante até o semblante tranquilo, era uma afronta ao turbilhão de emoções que fervilhavam dentro de mim.

Me aproximei lentamente, minha respiração pesada, o peso da arma quase me queimando as mãos. Levantei-a com esforço, apontando diretamente para ela. Minhas mãos tremiam, e minha visão parecia turva, como se o ódio e a dor fossem uma névoa que me envolvia, me cegando.

Ava finalmente se virou para me encarar. Seu olhar era calmo, quase resignado, mas havia algo mais ali, algo que me dizia que ela sabia que havia perdido, que o fim estava próximo.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi passos atrás de mim. Não precisei me virar para saber quem era. Thomas. Ele me havia seguido desde que deixei os outros, movido por sua própria sede de vingança, embora eu soubesse que a minha queimava mais intensamente.

── Você tirou tudo de mim. ── Minha voz saiu mais como um sibilo de raiva do que como palavras, e senti lágrimas quentes deslizarem pelo meu rosto, se misturando com a ira que pulsava em meu peito. ── Tudo, Ava!

Engatilhei a arma, e por um momento, ο tempo pareceu parar. Ava, no entanto, não se moveu. Ela apenas me olhou, seus olhos brilhando com uma intensidade que eu não esperava.

── Tudo isso... ──Ava começou, sua voz baixa e controlada, mas carregada de uma emoção contida. ── Tudo isso que agora está indo em ruínas... foi por você, Hazel. Para te proteger. Porque eu sempre te amei.

Senti meus lábios tremerem, e uma risada amarga escapou antes que eu pudesse contê-la. ── Proteger? Você chama isso de proteção? De amor? ── Minha voz estava impregnada de ironia, a incredulidade me rasgando por dentro.

── Eu fui dura com você, Hazel, e me arrependo de cada momento. Mas eu não tive escolha. ── Ava continuou, seu olhar fixo no meu, enquanto um sorriso triste surgia em seus lábios. ── Você sempre foi curiosa demais. Eu sabia que isso poderia te destruir... E um dia, fui descuidada. Você era tão pequena... e acabou se encontrando com um infectado no laboratório. Ele te feriu. Naquele momento, nunca senti tanto medo de perder alguém. Foi por isso que fiz o que fiz. Tudo isso, Hazel, foi por você.

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