𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘-𝐅𝐈𝐕𝐄

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O crepúsculo lançava sombras longas sobre o refúgio, e o mar murmurava ao fundo enquanto eu caminhava em direção a uma das acomodações improvisadas

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O crepúsculo lançava sombras longas sobre o refúgio, e o mar murmurava ao fundo enquanto eu caminhava em direção a uma das acomodações improvisadas. As lonas e panos balançavam com a brisa, criando uma sinfonia suave de estalos e suspiros. Entrei na estrutura e encontrei um canto para me sentar, buscando um momento de silêncio para organizar meus pensamentos.

Foi então que Brenda apareceu na entrada, sua figura esguia destacando-se contra a luz morna do sol poente. ── Hazel, Thomas quer que a gente se reúna. Precisamos conversar.

Levantei-me com um suspiro e segui Brenda até o cômodo onde todos já estavam começando a se aglomerar. O ambiente estava carregado de uma tensão palpável, todos ainda processando os eventos recentes. Thomas estava no centro, com um mapa estendido sobre uma mesa improvisada. Ele olhou ao redor, assegurando-se de que tinha a atenção de todos.

── Olha, é aqui ── disse Thomas, apontando para um círculo desenhado no mapa. ── A uma centena de quilômetros.

Matteo e eu trocamos olhares confusos, sem entender o contexto da conversa. ── O que está rolando? ── questionei, minha voz cortando o murmúrio dos demais.

Thomas começou a explicar. ── Aris disse que o CRUEL está levando todos para uma cidade. Eles estão planejando algo grande. E, segundo Brenda, nem todas as cidades estão destruídas.

Inclinei a cabeça, processando a informação. ── De fato, há uma cidade em pé ── comecei, lembranças fragmentadas surgindo em minha mente. ── Como filha da Ava, eu me lembro um pouco, embora minha mãe não me deixasse sair. Havia uma cidade que ainda estava de pé, um refúgio seguro para alguns.

Todos me olharam surpresos, e Newt foi o primeiro a questionar. ── Por que não disse isso antes?

── Não imaginei que eles fossem levar os jovens pra lá ── respondi, tentando manter a calma.

── Tá, foquem aqui ── Thomas interrompeu. ── Pelas ferrovias e tudo o que Aris contou, é pra lá que estão indo mesmo. É pra onde estão levando Minho. ── Seus olhos varreram a sala, pousando em cada um de nós, buscando uma reação.

Vince, que estava em frente a Thomas, ouviu atentamente. ── Levamos todos que puderem lutar. Vamos pelas estradas ou onde der. Voltamos em uma semana ── disse Thomas, encarando Vince dessa vez.

Conhecendo Vince, eu sabia que ele não aceitaria essa ideia facilmente. ── Uma semana? ── questionou Vince, sua voz tingida de incredulidade. ── Levamos seis meses pra chegar aqui. Temos mais de cem crianças agora. Não podemos ficar aqui por muito tempo, depois do que aprontamos.

Observei em silêncio, esperando para ver onde essa discussão terminaria. Vince não parecia disposto a ceder. ── Quer sair vagando até um ponto aleatório do mapa sem nem saber o que tem lá? ── ele disse, sua voz mostrando clara indignação.

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