𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐅𝐓𝐘-𝐅𝐎𝐔𝐑

446 52 7
                                    

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ HAZEL PAIGE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ HAZEL PAIGE

O ar na sala parecia pesar toneladas, como se o próprio ambiente soubesse que o fim estava se aproximando. Meus olhos seguiam cada movimento de Janson, meu corpo inteiro tenso como uma corda prestes a se romper. O som dos cranks batendo contra o vidro ecoava pelos meus ouvidos, mas tudo o que eu conseguia focar era no predador à nossa frente, caçando a presa com uma calma sinistra. Eu sabia que ele estava perto, muito perto, e que qualquer deslize seria fatal.

Então, meu coração gelou. Janson parou, seus olhos se fixando em algo à minha esquerda. Meu estômago revirou quando vi que ele havia encontrado Teresa, escondida com Thomas. A arma dele se levantou, e por um momento, o tempo pareceu parar.

── Você tem algo que me pertence. ── Janson disse, sua voz carregada de uma ameaça fria e calculada.

Por um instante, eu congelei. O medo tomou conta de mim, uma onda esmagadora que quase me paralisou. Mas então, uma determinação feroz me atingiu, e eu sabia que não poderia ficar parada. Olhei ao redor desesperadamente, meus olhos procurando qualquer coisa que pudesse usar como arma. Finalmente, vi um tubo metálico, possivelmente parte de um suporte médico, deitado no chão próximo a mim. Peguei-o com uma mão trêmula, sentindo o peso sólido e frio contra minha pele, e me forcei a respirar fundo.

Com cuidado, me arrastei mais perto, cada movimento calculado para não chamar a atenção dele. Eu tinha que ser silenciosa, tinha que ser rápida. A distância entre nós parecia uma eternidade, mas finalmente me aproximei o suficiente. Fiquei de pé atrás dele, o tubo metálico firme em minhas mãos. O medo ainda estava lá, mas a adrenalina o abafava, me empurrando para frente.

── Aqui está o que te pertence. ── minha voz saiu mais firme do que eu esperava, e Janson virou o rosto, seus olhos frios me encontrando por cima dos ombros.

Antes que ele pudesse reagir, eu o acertei com toda a força que consegui reunir, o tubo atingindo a lateral da cabeça dele com um som surdo. Ele cambaleou para o lado, desorientado, e eu não perdi tempo.

── Teresa, sai daqui! ── Gritei, a adrenalina me dando uma coragem desesperada.

Janson ainda estava recuperando o equilíbrio, e eu aproveitei o momento para dar um chute na mão dele, fazendo a arma voar para longe, deslizando pelo chão até parar longe de nós. Teresa não hesitou mais. Ela se levantou rapidamente, correndo até Thomas e o ajudando a se levantar. Vi os dois saírem da sala, mas não tive tempo de me sentir aliviada.

Janson recuperou os sentidos rápido demais. Ele olhou para os dois que se afastavam, seus olhos se estreitando em fúria, e começou a se mover na direção da arma. Mas eu estava pronta. Avancei para ele, bloqueando seu caminho.

Você não vai passar rosnei, o tubo metálico ainda nas minhas mãos.

Ele não respondeu, mas o olhar dele dizia tudo. A luta começou antes mesmo de eu perceber o que estava acontecendo. Ele avançou com uma velocidade surpreendente, e eu mal consegui levantar o tubo para me defender quando ele tentou me acertar. O impacto reverberou pelos meus braços, mas consegui me manter firme. Girei o tubo, tentando acertá-lo de novo, mas ele desviou com facilidade, seus movimentos calculados e eficientes.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 Onde histórias criam vida. Descubra agora