𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘-𝐒𝐈𝐗

452 46 5
                                    

Já estávamos na estrada há algum tempo, suficientemente longe do porto para que o medo de sermos seguidos começasse a se dissipar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Já estávamos na estrada há algum tempo, suficientemente longe do porto para que o medo de sermos seguidos começasse a se dissipar. Eu aproveitei a viagem para descansar, permitindo que o cansaço me vencesse. Dormi profundamente, sabendo que a tranquilidade seria um luxo raro uma vez que chegássemos à Última Cidade. Minha mente se desligou do perigo iminente, e um sono pesado tomou conta de mim.

Fui despertada pela voz de Newt, um chamado que me trouxe de volta à realidade. Abri os olhos devagar, ajustando-me à luz do dia. O carro estava parado, e os meninos já haviam saído. Peguei minha katana e saí do carro, observando as palavras de aviso espalhadas pela estrada. Avisos sobre o vírus estavam pintados em placas enferrujadas, em paredes de concreto, alertando qualquer um que passasse sobre o perigo que aguardava.

A estrada à frente parecia abandonada, com alguns carros deixados ao acaso, como se seus donos tivessem saído correndo. Mais adiante, um túnel se estendia sob as montanhas, sua boca negra e intimidante. Estes túneis eram comuns nessa região, um meio de continuar a estrada através das montanhas, mas aquele, em particular, parecia anormalmente sinistro.

Caminhei até a frente do carro, encontrando os meninos. Newt, sempre cauteloso, apontou para o túnel. "Quer que a gente entre ali?" perguntou ele, dirigindo-se a Thomas, que estava concentrado no mapa em suas mãos.

Thomas não respondeu de imediato, seus olhos fixos nas linhas e anotações do mapa. Newt, sem esperar, continuou: "Eu não quero parecer pessimista, mas assim, se eu fosse um crank, é ali que eu me esconderia."

Olhei ao redor, sentindo a tensão no ar. "Ele tem razão," eu disse, minha voz soando mais calma do que eu me sentia. "Mas também é verdade que não temos muita escolha."

Thomas suspirou, levantando o olhar do mapa para o túnel. "É, mas acho que não temos outra opção," respondeu ele, resignado.

"Beleza. Eu vou na frente," declarou Newt, voltando ao carro.

Seguimos seu exemplo, todos retornando ao veículo. Caçarola assumiu o volante, Newt sentou-se ao seu lado, e Thomas e eu tomamos nossos lugares no banco de trás. O motor roncou suavemente enquanto nos preparamos para enfrentar a escuridão à nossa frente.

O carro começou a avançar, sua velocidade reduzida ao mínimo. Todos os faróis e luzes estavam acesos, tentando vencer a escuridão do túnel. Newt abaixou a janela e, com uma lanterna na mão, iluminava os cantos por onde passávamos, procurando qualquer sinal de perigo.

"É só ir bem devagarinho," disse Newt, ajustando-se no banco mas mantendo a lanterna em mãos, pronta para qualquer eventualidade.

Dentro do túnel, o ambiente era claustrofóbico. Alguns carros abandonados bloqueavam parcialmente a passagem, forçando Caçarola a desviar cuidadosamente. A luz dos faróis criava sombras dançantes nas paredes de concreto, aumentando a sensação de inquietação. O ar estava denso e abafado, carregando um odor metálico e mofado.

𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 Onde histórias criam vida. Descubra agora