𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐅𝐓𝐘-𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍

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Eu e Gally nos servimos da comida e encontramos um lugar para sentar

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Eu e Gally nos servimos da comida e encontramos um lugar para sentar. Cada pedaço que mastigava era uma explosão de sabor que eu quase esquecera. Desde quando tudo que comíamos não passava de porções sem gosto? A cada mordida, sentia como se estivesse recuperando uma parte de mim que havia ficado adormecida.

Enquanto comia, observei Newt e Minho, sentados logo adiante, trocando piadas e risadas como nos velhos tempos. Eu ainda não havia tido a chance de falar com Minho desde que ele voltou. Decidi que agora era a hora.

── Minho, estou surpresa que você ainda sabe como segurar um garfo ── provoquei, me aproximando dele e me sentando ao lado de Newt.

Minho levantou o olhar para mim, um sorriso malicioso se formando em seus lábios.

── Hazel, não subestime minhas habilidades ── retrucou, mantendo o tom de brincadeira. ── Sobrevivi a coisas piores do que falta de uma boa refeição.

── Não duvido ── respondi, inclinando-me para ele. ── Mas você deve admitir, não há nada como a velha boa comida feita por alguém que realmente sabe o que está fazendo.

Minho deu uma risada curta, balançando a cabeça.

── Ah, pode apostar. Não achei que sentiria falta de algo tão simples como tempero. Mas depois de tudo... até o cheiro disso parece coisa de outro mundo.

Newt, ao lado, olhou de Minho para mim, claramente se divertindo com a troca.

── Então você finalmente admite que é um ser humano como todos nós? ── perguntei, arqueando uma sobrancelha.

── Eu? Humano? ── Minho fingiu choque, colocando uma mão sobre o coração. ── Que absurdo. Eu sou um ser superior que só finge ser um de vocês para manter as aparências.

Soltei uma risada e revirei os olhos, a leveza daquele momento nos tirando, ainda que brevemente, da dureza do que havíamos enfrentado.

── Claro, claro. Se você diz ── retruquei, balançando a cabeça. ── Mas estou feliz que você esteja de volta, Minho. Nós sentimos sua falta... por mais que eu não vá admitir isso duas vezes.

Minho sorriu, e por um instante, algo mais sério brilhou em seus olhos.

── Senti falta de vocês também, Hazel. Mais do que posso expressar. Mas estou aqui agora... e não pretendo ir a lugar algum.

O sorriso que ele me deu então era um de compreensão, uma promessa silenciosa de que, jamais deixaríamos ou desistiriamos de ninguém.

── Não deixaremos você ir, nem que queira ── respondi, dando um leve soco em seu ombro. ── Ainda temos muito o que resolver.

── Como se eu pudesse fugir de vocês ── ele respondeu com um sorriso travesso. ── Mas, sério, Hazel. Obrigado por não desistirem de mim.

── Nunca desistiríamos, Minho ── assegurei, sentindo o calor daquela verdade. ── Nunca.

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