𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘-𝐅𝐈𝐕𝐄

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Eu me vi na Clareira, envolta pela familiaridade da fogueira central

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Eu me vi na Clareira, envolta pela familiaridade da fogueira central. Era o dia em que tinha acabado de chegar, e todos estavam festejando. Olhei para minhas mãos e vi que segurava um copo com uma bebida suspeita, o segredo industrial de Gally. Ao meu redor, os garotos se divertiam, rindo e conversando, esquecendo temporariamente os horrores do Labirinto.

Meus olhos se fixaram em Gally. Ele estava no centro de um círculo formado pelos clareanos, disputando com um dos garotos. Sua determinação e energia eram inegáveis. Aproximando-me do círculo, assisti enquanto Gally, com um sorriso vitorioso, jogava o outro garoto para fora do círculo. Os meninos ao redor comemoraram, batendo palmas e gritando incentivos.

Gally parou o olhar em mim, seus olhos brilhando com um travesso desafio. ── Ei, trolha! Por que você não entra e tenta?

Revirei os olhos e respondi. ── Eu não curto essas coisas.

Ele provocou. ── Acho que você está com medo.

Senti um calor de desafio subir pela minha espinha. ── Medo? De você? Tá brincando. ── Dei-lhe uma resposta sarcástica, mas aceitei o desafio. Entrei no círculo enquanto ele explicava as regras do jogo.

Nos encaramos, ambos preparados. Gally veio para cima de mim, tentando me empurrar para fora do círculo. Concentrei-me em manter meu equilíbrio, desviando de seus movimentos. Ele era forte e determinado, mas eu também era. A troca de forças e estratégias durou alguns minutos intensos, cada um tentando superar o outro.

No final, surpreendi Gally com um movimento rápido, usando seu próprio impulso contra ele. Ele cambaleou e saiu do círculo, me deixando vitoriosa. Os clareanos ao redor aplaudiram e riram, impressionados com a minha vitória. Gally me olhou com uma mistura de surpresa e admiração secreta.

Acordei no dia seguinte com o sol batendo em meu rosto. Meus olhos se abriram lentamente e vi que todos ainda descansavam, a fogueira estava apagada. Suspirei e me sentei, passando a mão pelo rosto, sentindo minha cabeça girar com a memória de Gally. Foi uma lembrança boa, uma noite sem pesadelos culposos.

Observando os rostos adormecidos ao meu redor, senti um aperto no peito. Aqueles momentos de alegria e desafio pareciam tão distantes agora. A Clareira era um lugar cheio de desafios, mas também de camaradagem e pequenas vitórias que nos faziam continuar. Com um último olhar para o horizonte, levantei-me, pronta para enfrentar um pouco mais daquele deserto.

── Vamos lá, pessoal, hora de levantar! ── Minha voz ecoou pelo acampamento improvisado, cortando o silêncio da manhã. Nós não tínhamos mais o luxo de dormir até tarde. Cada minuto era precioso.

Um a um, eles começaram a despertar e se levantar, ainda com os olhos inchados e movimentos lentos. Retirei meu casaco, sentindo o calor que já começava a apertar. Coloquei a mochila nas costas e pendurei o casaco entre as alças, enquanto segurava firmemente minha katana na mão livre.

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