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Andrey.

Uma semana desde que a Luena foi sequestrada,e eu?já não aguento mais.

A polícia tem tentado fazer de tudo para a encontrar mas nada,mesmo tentando rastrear o telefone da Carmem e impossível encontrar alguma coisa

Os dias têm sido horríveis sem ela aqui e o que mais me deixa preocupado é saber que a qualquer momento ela pode ter a nossa filha e a Carmem pode querer fazer alguma coisa com ela.

Depois daquela mensagem eu tenho tentado falar com ela mas tem sido em vão porque ela não atende e nem sequer responde as mensagens.

Nesse momento eu estava aqui em casa da Luena e só pensava o quanto eu fui burro em deixar ela sozinha durante a maior parte da gestação,e me sinto extremamente culpado por tudo isso que está a acontecer.

— Andrey — Ouço a Isabela a chamar por mim.

Antes de virar eu limpo as minhas lágrimas e olho para ela que também estava no mesmo estado que eu,com o rosto cansado por não dormir.

— Sim? — eu coloco o brinquedo da Rosie no berço.

— A tia Cristina ligou para mim e disse que nos últimos dias tem notado uns movimentos estranhos do Paulo,que ele raramente para em casa e quando aparece é pela madrugada e disse também que uma vez ouviu ele a falar ao telefone com a Carmem — ela diz e eu fecho as minhas mãos.

— O que?como assim?será que ele está envolvido no sequestro? — pergunto.

— Eu acho que sim — ela respira fundo — ele é extremamente louco pela Luena e ele sim é capaz de fazer qualquer coisa para ter a Luena

— Ah!Que ódio desse Paulo — eu passo a mão no rosto nervoso — mas como é que ele tem coragem de fazer isso?ele é um babaca mesmo e não sei o porquê que ainda estamos aqui,vamos a polícia porque isso é mais uma pista

— Calma Andrey! Eu acho que devemos primeiro falar com a mãe dele porque isso também vai envolver a senhora.

— Eu já não aguento ficar aqui sem fazer nada Isabella,já se vai uma semana que ela está desaparecida e sabe-se lá o que aqueles dois loucos são capazes de fazer com elas,e eu juro que se acontecer alguma coisa com elas eu vou me culpar sempre — eu digo sentido algumas lágrimas caírem.

— Eu também estou muito preocupada com elas,mas eu tenho fé que as vamos encontrar.

Isabella diz e eu apenas concordo sem falar nada,em seguida ligo para o meu pai para passar todas estás informações e nós saímos para conversar com a mãe do Paulo,eu juro que se ele me aparece a frente não irei de responder por mim.

...

Luena.

Eu não sei quantos dias se passaram mas eu já estou aqui a muito tempo e estou a sofrer,ficar aqui tem sido o meu maior pesadelo porque a Carmem tem feito a minha vida num inferno,só manda homens para me bater meu rosto está todo inchado e o meu corpo dói muito,as minhas contrações já começaram e eu estou com tanto medo da minha filha nascer nestas condições e com aquela maluca aqui.

Desde que eu contei ao Paulo que quem matou o pai dele foi a Júlia ele nunca mais tem vindo aqui e eu estou a sofrer porque nem comer eu tenho comido,só estou a beber uma água que o Paulo deixou aqui da última vez que eu o vi.

Eu estava deitada naquela cama quando ouço barulhos do lado de fora e lá me  encolho porque eu sei que quando ouço estes barulho é porque a Carmem mandou os seus homens virem me bater.

A porta é aberta com muita força e vejo o Paulo passar por ela e ele puxava a Júlia pelos cabelos,e ela gritava.

— Paulo!Aonde é que tu me trouxeste? — ela grita — Me larga — ela se debatia.

— Cala a boca!Sua assassina — ele atira a Júlia no chão.

— Assassina?Eu?Tu só podes estar louco — ela grita

— Você é uma mentirosa,até quando você pensa que iria esconder essa merda?Ahm?Até quando?Você é uma vagabunda,matou o meu pai para ficar com o meu dinheiro? Porque?Se você tinha tudo aos teus pés? — ele grita

A Júlia estava com os olhos arregalados não acreditando que o Paulo já sabia a verdade.

— Eu não sei quem é que colocou isso na tua cabeça,e nem quero saber Paulo!Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto,quem te disse isso só quer te colocar contra mim,eu juro que não matei o senhor cooper — ela chora.

Como é que ela pode ser tão manipuladora?penso comigo.

— CHEGA!— Agora tu vais ver que tu mataste a pessoa errada — ele diz e no mesmo instante segura a Júlia pelos cabelos.

Paulo começa a bater a Júlia e os seus gritos ecoavam pela sala e eu estava horrorizada pela forma em que ele lhe batia,Júlia pedia para ele parar mas ele só aumentava e parecia que ele iria matar a Júlia de tanta porrada.

— Paulo!Você vai matar a Júlia — eu grito — Para porque as coisas não se resolvem assim

Só depois de falar é que ele para de bater a Júlia que já estava meio desacordada,Paulo olha para mim todo atordoado e sai daquela sala.

Eu levanto devagar e vou até ela que estava ensanguentada e tento levar ela para a cama,com muito esforço eu a consigo colocar na cama.

Não sei se eu devia mas eu sinto um pouco de culpa porque fui eu que contei a verdade ao Paulo.

...

Vejo pela pequena janela que já era de noite,olho para a Júlia que ainda estava desacordada e logo sinto o meu estômago roncar,fazia dias que eu não comia porque a Carmem quer mesmo me ver morta,eu passo a mão na minha barriga e tento falar com a minha filha.

A porta é aberta no mesmo instante e vejo Paulo a entrar com uma bandeja de comida,ele coloca na mesinha que tinha ali e vem até mim,e como eu estava sentada nada ponta da cama ele agacha ficando de frente a minha barriga.

— Como é que tu estás? — ele pergunta olhando para o meu rosto.

—  Como é que você ainda tem coragem de me perguntar isso?— pergunto.— você tem me aprisionado aqui durante dias mesmo grávida Paulo e você quer que eu esteja bem?

— Eu já te disse que é para um bem maior — ele passa a mão dele no meu rosto — eu te garanto que daqui a um tempo nós vamos sair daqui e vamos viver em um sítio bastante longe daqui e seremos muito felizes.

Paulo parecia que não estava normal,porque não é possível ele estar a falar a sério.

— Quantas vezes eu vou te dizer que eu não quero ser feliz contigo Paulo?me deixa ir embora por favor — eu choro.

— Não amor,não chora você fica bem aqui comigo e te prometo que eu já não vou deixar a Carmem te fazer alguma coisa.

— Ah! — respiro fundo — porque que você trouxe ela? — eu aponto para a Júlia desacordada

— Porque eu vou vingar a morte do meu pai — ele diz e eu olho para ela assustada.

— Não venha fazer coisas que depois você vai se arrepender Paulo!melhor é colocar ela na justiça mas não agir com as mãos próprias — eu digo.

— Justiça é uma porcaria,eu quero que ela sofra até ao fim!e por favor não te metas nisso — ele levanta.

Paulo sai da sala e eu começo a chorar por não aguentar mais.

— Luena? — Ouço a voz de Júlia — como é que tu vieste parar aqui? — ela tenta levantar mas para

— Assim como você veio eu também vim,eu fui sequestrada pelo Paulo e a Carmem...

Descobrir O Verdadeiro Amor Duologia Vingança - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora