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Andrey.

E mais uma semana se passou e ninguém conseguia encontrar o sítio em que a Luena está,várias vezes eu tentei ir atrás daquele covarde mas ninguém me deixava,eu juro que quando eu o apanhar ele não sairá vivo.

...

Quando eu recebi a ligação da Luena meu sangue congelou,não conseguia acreditar que era ela que falava comigo em tão pouco tempo eu me senti aliviado por estar a falar com ela.E imediatamente avisei ao meu pai e logo fomos para a delegacia para poder entregar o número que a Luena ligou.

Mas apesar disso eu estava preocupado porque ela desligou o telefone as pressas e parecia que ela estava a fugir de alguma coisa, tomara que esteja tudo bem.

Ao informar na polícia eles disseram que vão fazer de tudo para localizar a Luena.

— Precisas de ter mais calma,filho — meu pai coloca a mão no meu ombro.

— Como é que eu vou ter calma? é a vida da minha mulher e da minha filha que está em risco — eu olho para ele.

— Eu sei, filho mas elas não voltaram se tu não manteres a devida calma,tudo vai correr bem — ele bate nas minhas costas.

Eu apenas aceno e sento,já fazia uma hora que eu entreguei o meu telefone para a polícia poder rastrear a localização mas parecia que estava a durar uma eternidade e eu não aguentava.

Minutos depois aparece um dos polícias.

— Senhor Parker! — ele vem até nós — Tentamos de tudo mas o sinal ainda está muito fraco,precisamos de voltar a ligar para este número para rastrear e ligação e a pessoa tem de ficar em linha pelo menos por cinco minutos.

— Ah!Mas essa ideia é muito arriscada porque se eles descobrem que ela tem um  telefone podem querer fazer alguma coisa — eu digo.

— Desculpe senhor,mas essa é a única solução que nós temos — ele diz e eu olho para o meu pai

— A única opção é essa filho — ele diz e eu passo a mão no meu rosto.

...

Luena.

A Carmem entra naquele quarto e eu tento esconder o telefone o mais rápido possível.

— Vocês não ouviram o que eu perguntei? O que é que vocês estavam a fazer? — ela grita.

— Escusas de gritar porque aqui ninguém é surda — Júlia responde.

— Olha,ela já tem boca para responder — a Carmem sorri de forma sarcástica.

— Nós não estávamos a fazer...— sou interrompida quando sinto uma dor forte no pé da barriga — Ah — eu coloco a mão na minha barriga e as duas olham pra mim.

— O que é? Estás a gritar porque merda? — Carmem se aproxima

— Na..da, não te aproximes — eu tento não gritar porque a dor era imensa e só fiquei mas aflita quando eu logo me apercebi que estava a ter as contratações.

Eu me encosto devagar na cama e começo a respirar fundo e mordo os meus lábios só para não gritar.

— Opa,parece que a pequena monstrinha resolver nascer logo agora — Carmem debocha.

— Pare de chamar nomes a minha filha — respondo — sai de perto de mim,sua cobra.

No mesmo momento em que eu a chamei de cobra ela vem e aperta o meu braço e começa a balançar o meu corpo.

— Para com isso — eu digo enquanto tenho tirar o braço dela.

— Agora você tem medo?Você não imagina o quanto eu esperei por esse momento,ver você assim — ela aperta mais o meu braço.

— Ah! — gemo de dor

— Agora quem é a mais fodona?Ahm? — ela sorri — Eu te odeio muito Luena,e saiba que de depender de mim você e essa merda de filho nunca vão sair vivos daqui — ela me empurra e eu caio sentada na cama.

Eu só conseguia chorar de tanta dor que eu sentia,e as minhas contrações estavam cada vez mais forte.

A Carmem olha para mim a última vez e sai e logo a Júlia começa a chegar perto de mim.

— O que foi? — Ela pergunta com receio.

— Estou a ter contrações de treinamento,minha filha já quer vir — eu digo respirando fundo.

— Ah,Deus me livre que essa criança nasça neste sítio horroroso — ela diz.

— Eu também não quero que ela nasça aqui neste estado,não foi isso que eu planejei — eu começo a chorar.

A Júlia não falava nada,apenas olhava para mim com uma expressão indescritível enquanto eu chorava,e logo eu sinto as mãos da Júlia me abraçarem e eu logo fico sem reação ao sentir aquele abraço.

Não fez nem dois minutos e eu sinto uma pequena vibração e lembro  daquele pequeno telefone estava entre o meu corpo e desfaço o abraço e vejo que o  telefone não parava de tocar.

— Atende! — diz a Júlia.

Eu atendo o telefone e fico aliviada ao ouvir a voz do Andrey.

Ligação on.

— Luena?meu amor?

— Andrey — eu choro ao ouvir a voz dele.

— Como é que tu estás?eu sei que é muito arriscado voltar a ligar,mas eu preciso falar com você para podermos rastrear o telefone e ver a localização

— Eu não estou bem — começo a chorar— eu estou com muitas contrações e eu estou com muito medo da Rosie nascer aqui,e eles só querem fazer mal a ela

— Calma meu amor,eu te juro que hei de te buscar muito antes da nossa filha nascer,e prometo que estes dois loucos vão pagar por tudo — ele diz.

— Toma muito cuidado,eles são muito perigosos — eu digo — por favor,muito cuidado.

— Terei cuidado,agora eu não vou mais fazer você correr perigo,eu prometo que eu vou te buscar Luena,e que nós seremos muito felizes — ele diz e eu choro ainda mais — me perdoa por tudo aquilo que eu fiz contigo,eu juro que vou recompensar o nosso tempo perdido meu amor.

Ligação off.

Eu nem falo porque ele encerra a ligação,eu abaixo a cabeça e começo a chorar mas dessa vez era por medo de não conseguir sair daqui viva,de saber que se calhar eu posso não ver a minha filha a crescer.

Será que eu nunca serei feliz?

Descobrir O Verdadeiro Amor Duologia Vingança - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora