Capítulo 16

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Bangkok, Tailândia.


Alguns dias depois, desde que Charlotte começou a trabalhar na Waraha Enterprise Group, e se sentia cada vez mais realizada por suas conquistas. Seus amigos, Mew e Davikah tentavam ajudá-la com as aulas na universidade, os dois se revisaram para garantir que Charlotte conseguisse manter o foco nos seus estudos.

No primeiro dia de trabalho de Charlotte, ela precisou iniciar pela manhã. Então faltou a universidade, mas desde então conseguiu se organizar melhor tanto no serviço quanto nas aulas. Indo a universidade de manhã, quando saia ia correndo para o seu trabalho.

Ela estava adorando toda essa agitação, Charlotte era uma pessoa positiva em tudo, dificilmente as coisas a abalavam. Mas também, ela tinha momentos de recaída a tristeza. Como por exemplo, ausência de sua família pessoalmente. Fazia quase uma semana que viu seu pai, Charles Austin. E sua mãe, estava tão ocupada com sua vida corrida que não conseguia manter tanto contato como antes. Mas naquele dia, Naparat mandou uma mensagem a sua filha.

[MENSAGEM ON]

Mãe Naparat — Minha filha, sinto sua falta. Aqui está uma loucura, muita correria. Lembre-se mamãe te ama muito! Me mande notícias, quando puder.

Charlotte A. — Sinto sua falta, mãe. Mal posso esperar para o dia em que nos veremos, por favor venha logo. Te amo muito! Todos estão bem, certo?

Mãe Naparat — Em breve, eu estarei chegando. Eu prometo, quero ver minha filhinha saudável e linda.
Huh, sim todos estão bem. E como você está?

Charlotte A. — Tudo bem por aqui, conciliando emprego e estudos. Tudo em ordem! Ainda não enlouqueci, 5555.

Mãe Naparat — Estou orgulhosa de você, continue a lutar. Por favor, se precisar de qualquer coisa, avisa a mamãe.
Beijos, preciso ir agora.

Charlotte A. — Se cuida, até mais mamãe. Beijos!!!

[MENSAGEM OFF]


Depois de conversar com sua mãe, Naparat. Charlotte que já teve notícias de seu pai um pouco mais cedo, resolveu se concentrar nos estudos. Ela lia livros e mais livros, revisava assuntos dos mais importantes aos mais básicos. Enquanto Charlotte estava focada, seu pensamento parecia querer levá-la a outra dimensão. Ela parou por um momento, o ar ao seu redor parecia mudar, ficando mais denso, mais quente. Sem aviso, uma imagem pulsou em sua mente.

Primeiro Déjà-vu: "O chão de pedra fria sob seus pés descalços. O cheiro inconfundível de incenso enchia o ar. Ela estava em um templo — um templo sagrado, como de Wat Phra Somdej, ela sabia. Os sons suaves de cânticos e o sussurrar de folhas das árvores tropicais ao longe criavam uma serenidade que ela mal podia tocar.

Ao seu lado, uma mulher estava ajoelhada, também fazendo méritos, suas mãos juntas em oração. Mas o rosto dela... o rosto dela estava fora de alcance. Ela tentava focar, tentava enxergar, mas era como tentar segurar água entre os dedos. A imagem permanecia embaçada, como se envolta em um véu denso de névoa.

"Quem é ela?" A pergunta ecoava em sua mente, e seu coração batia mais rápido. A figura ao lado parecia familiar e, ao mesmo tempo, distante. Havia uma conexão, uma certeza de que conhecia aquela presença, mas não conseguia lembrar de onde. E então, outro fragmento: a pessoa se via, mais jovem, trajando roupas simples de séculos passados, com uma sensação de paz profunda. Estava sorrindo para a mulher ao seu lado — ou talvez fosse o contrário? Tudo estava distorcido.

Quando tentou olhar mais de perto, os contornos da mulher se desfizeram como um sonho ao amanhecer. Não importava o quanto tentasse, o rosto continuava oculto, como se o tempo e a memória estivessem conspirando para manter aquela figura no esquecimento."

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