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Capítulo 34

Bangkok, Tailândia.

No dia seguinte, Charlotte tomava seu café da manhã numa cafeteira, ela não queria chamar seus amigos, apenas curtia sua própria presença naquela manhã. Não havia nada de errado em não pensar no seu amigos, chamar eles ou querer não está com alguém. Charlotte só precisava de um tempo para si. E seus amigos a entendia perfeitamente.

Enquanto ela apreciava sua própria companhia, bebendo seu chá gelado comendo enrolados primavera tailandês, observava as pessoas que vinham de lá pra cá na calçada, Charlotte imaginava como estava sendo o dia daquelas pessoas e quem elas estavam indo se encontrar, ou quem mesmo acabará de ver. Um sorriso sutil saiu de seus lábios, em seguida um suspiro.

— Srta. Austin? — chamou Engfa, olhando curiosa para a jovem, sentada na cadeira sob a mesa.

— Huh? Sra. Waraha... O que faz aqui? — perguntou Charlotte surpresa ao ver a mulher mais velha.

— Bom, aqui é uma cafeteria... Eu vim pegar isto, o meu pedido — respondeu Engfa, mostrando a sacola em mãos, — E você? Parecia distraída.

— Eu saí mais cedo da universidade, e vim pra cá. Desde então, fiquei aqui tomando chá e comendo rolinhos primavera — respondeu Charlotte, olhando fixamente pra ela.

— Entendi... Huh, mas você está bem, certo? — perguntou Engfa, demonstrando preocupação em sua voz.

— Sim, estou. Porque não se senta aqui comigo? Ou está voltando pra empresa? — perguntou Charlotte, curiosa.

— Huh, eu posso ficar um pouco mais. Tudo bem... — respondeu Engfa, sentando na cadeira a frente, tirando seu chá tailandês logo bebendo o mesmo.

— Como foi seu encontro ontem? De negócios— perguntou Charlotte, olhando com curiosidade, sorrindo sem graça.

— Foi como eu esperava — respondeu Engfa, tomando seu chá com uma expressão séria.

Charlotte percebeu que Engfa parecia ter mudado sua expressão facial após sua pergunta, Engfa parecia preocupada com algo e isso chamou atenção de Charlotte, despertando ainda mais sua curiosidade.

— Não esperava vê-la aqui, pra ser sincera, estou surpresa de encontrá-la — disse Charlotte, pausando — Mas, eu não acho que sua resposta me convenceu.

— Porque não? Estou falando a verdade — respondeu Engfa, cruzando os braços — Você é sempre tão curiosa e... faz essa cara.

— Huh? Que cara que eu estou fazendo? — perguntou Charlotte, confusa.

— Essa aí, de confusa. Você pergunta curiosamente e confusa. As duas coisas são implicantes — respondeu Engfa, suspiro.

Charlotte mesmo sem entender, riu baixinho. Ela achou engraçado o jeito que Engfa a descreveu. O que lembrou o monge líder Phra Somchai, que disse a ela que era uma pessoa curiosa e esperta.

— Sra. Waraha... Quer ir a um lugar comigo? — perguntou Charlotte, olhando sem jeito.

— Que lugar? Se você for me sequestrar, peça uma boa recompensa ao P'Sun, pois eu valho muito — comentou Engfa em um tom de brincadeira e meio sarcástica.

— Pode deixar, eu farei isso. Pedirei muito em troca da sua liberdade — disse Charlotte, rindo baixinho, — Mas talvez eu não queira te soltar. Então, P'Sun terá que dar algum jeito de te reaver.

— Huh? Porque disse essas coisas? Você deve ser uma doida, lunática — disse Engfa, olhando curiosa para a jovem, sorrindo envergonhada.

— Vem, só vamos. Eu não vou te sequestrar, não se preocupe — disse Charlotte, levantando da cadeira, sendo seguida por Engfa.