Bangkok, Tailândia.
Após alguns minutos, que Charlotte viu Engfa sair no meio da festa com Meena e Sun em direção ao escritório, ela ficou conversando animadamente com seus amigos e o seu pai, Charles Austin. O homem mais velho, fazia milhares de elogios a sua filha e demonstrava o quanto estava orgulhoso de todo seu esforço e espírito livre de seguir seus sonhos.
No entanto, Charlotte foi abordada por Benz que a chamou para conversar com ela. A sós. Por está ao lado de seu grupo de amigos e de seu pai, ela não queria ser indelicada então Charlotte caminhou até a área do jardim, onde ficava também o pequeno lago da mansão. Naquele momento, Charlotte percebeu o quanto as flores de lótus que Engfa tinha na sua casa, mas especificamente no seu lago, eram lindas.
— Char... Eu estou feliz em te ver. Você não imagina o quanto.. Você está tão linda — disse Benz ao olhar para ela, suspiro animado.
— Obrigada Benz, eu não posso demorar muito. Engfa pode me procurar e eu não está lá — disse Charlotte, sem olhar para ele, mantendo seus olhos no lago.
— Vocês estão juntas? Eu ouvi algo assim, de seus amigos... E também não é tão difícil perceber — perguntou Benz com um tom de voz meio chateado, olhando para ela, — Eu esperava por uma resposta sua. Mas eu acho que agora já tenho...
— Benz, eu não quero te magoar. E nunca quis. Por isso, me distanciei um pouco. Naquele dia, você me pegou de surpresa... Não que eu já não imaginasse, mas eu não sei se em algum momento dei a entender o mesmo — disse Charlotte, suspiro — Eu estou com Engfa, e eu a amo muito. Me desculpa!
— Certo... Eu entendo! Também não sou nenhum incompreensível apesar de meus sentimentos por você. Quero te ver bem e feliz... — disse Benz, suspiro — Mesmo que não seja, ao meu lado.
— Obrigado por me compreender, de verdade. Você é especial pra mim... — disse Charlotte, pausando ao ser interrompida pela presença de Engfa, suspiro.
— Continue, Charlotte. Não deixe de terminar a frase por minha causa... — disse Engfa, olhando enciumada para ela, cruzando os braços.
— P'fa... Não entenda mal, eu só estava dizendo a ele que é especial por ser um bom amigo, por me compreender. Mas você não me deixou terminar a frase, porque chegou antes disso — disse Charlotte com sinceridade, pausando ao olhar Engfa daquele jeito.
— Era isso mesmo, e me agradeceu por ser compreensível por ela gostar de você... E não de mim! — disse Benz, encarando a mulher mais velha, pedindo licença para deixá-las a sós, saindo do jardim.
Charlotte se aproximou cuidadosamente de Engfa, que parecia totalmente chateada por causa de seu ciúmes, com sua jovem. Charlotte segurou o braço de Engfa, puxando ela mais pra perto, a mulher mais velha parecia hesitar.
— Não fica assim... Eu fui sincera com você, e também com ele... Agora ele já entendeu — disse Charlotte, prendendo Engfa no seu abraço.
— Eu saio por alguns minutos, e você vem pro jardim com ele... O que queria que eu pensasse? — perguntou Engfa, suspiro ainda hesitante.
— Se você não confia em mim, porque está comigo? Eu já disse, que falei a verdade — questionou Charlotte, olhando fixamente tentando não se estressar.
— Não é em você que não confio. Eu confio e muito. É nele, que não confio — respondeu Engfa, olhando pro lago.
— Quantas vezes vou ter que te mostrar, que eu amo é você? Huh? Me diga e então eu farei — perguntou Charlotte, saindo do abraço, olhando para ela.
— Vamos voltar, você deixou seus convidados sozinhos. Isso não é agradável — disse Engfa, dando as costas, saindo devagar em direção ao salão de festas.
Charlotte sabia que Engfa era difícil de lidar quando ela queria, então apenas deixou que Engfa se distraísse na festa até esquecer tudo. Quando as duas retornaram foram recebidas pelos amigos de Charlotte, e o seu pai, Sr. Austin.
Havia muitas bebidas e um grande buffet, tudo servido pelos funcionários da mansão. Engfa pediu para a senhora Malee cuidar de tudo, e Sun também se pôs a ajudar. Porque ele gostava de Charlotte e seus amigos, especialmente pela a jovem fazer bem a sua irmã Engfa.
••
Bangkok, Tailândia.
Naquela noite, Engfa queria fazer um grande brinde para sua namorada, Charlotte e seus amigos que se formaram em medicina. Engfa queria demonstrar o quão orgulhosa estava de sua amada jovem, mas ela também havia ficado com um sentimento de ciúmes ao ver Charlotte conversando com Benz no jardim. Engfa confiava na sua doutora, mas não no jovem rapaz que tinha sentimentos por Charlotte.
— P'Sun, traga o presente de Charlotte até aqui... Por favor — sussurrou Engfa para seu irmão, sorriso leve.
— Vejo que a minha filha parece ainda mais radiante, por sua causa... — disse Charles ao se aproximar, sorrindo.— Eu que sou grata por tê-la na minha vida, não há ninguém como sua filha — disse Engfa, olhando sorridente para ele.
— Isso significa que os méritos dela, valeram a pena, Sra. Waraha — disse Charles, olhando agora para sua filha conversando com seus amigos, animadamente.
— Me desculpe, Sr. Austin... De que méritos está falando? — perguntou Engfa, curiosa.
— Char não te disse, que todas as vezes que vai ao templo era pedi por um amor verdadeiro? Além de, é claro, agradecer por suas conquistas — respondeu Charles ao se lembrar de sua filha esperançosa, sorrindo ao tomar vinho.
— Porque ela nunca me disse esse detalhe também?... — murmurou Engfa, olhando para Charlotte de longe, analisando ela.
— Achei que ela tinha te dito, talvez estava envergonhada. Porque os amigos sempre questionava isso como uma bobagem que ela devesse parar, apenas focar em agradecimentos — disse Charles, olhando para Engfa — Quando eu digo bobagem, não é que eles não acreditassem nela, mas porque Char se dedicava muito a fazer isso.
Engfa parou ali, observando Charlotte dando atenção ao seus amigos e outros convidados enquanto ela conversava com o sogro, que parecia amigável. Engfa sentia um pouco de conflito interno ao que acabará de saber, ela passava se questionar o porquê de Charlotte não mencionar essa parte para ela. Sendo que não era uma vergonha. E sim, um desejo profundo e sincero de sua fé aos deuses.
— Aqui está, pegue com cuidado — disse Sun, entregando uma caixa de jóia bem delicada para Engfa.
— Obrigado, P'Sun. — disse Engfa, sorrindo.
Engfa caminhou até os dois primeiros degraus da escada, chamando atenção dos convidados, inclusive de Charlotte que olhou para ela com um sorriso singelo sem entender nada.
— Hoje é uma dia especial, minha Nong Char se formou em medicina, ao lado de seus amigos, aqui também presentes... — começou Engfa, olhando para todos ao segurar a caixa de jóia fechada — Por favor, venha aqui, Nong Char.
Charlotte caminhou até ela, seus olhos castanhos penetrantes a encarava envergonhada. Mas sorrindo feito uma boba após se aproximar da mulher mais velha.
— Esta jóia é algo muito precioso para mim. Um colar com um pingente de lótus elegante e significativa. O pingente com forma de um lótus aberto, simbolizando o florescimento da alma ao longo das eras, representando o ciclo contínuo de vidas... — disse Engfa, abrindo a caixa mostrando o colar em específico, — Como vocês podem ver, no centro do lótus, há uma pedra preciosa antiga, é um rubi, que teria sido um talismã de proteção ou sabedoria, que pertenceu a minha família por gerações... E eu encontrei, recentemente guardado. O mais estranho que eu não me lembro, quando guardei isso.
Engfa riu ao se lembrar de quando encontrou aquele colar, que agora era repassado para Charlotte. A mulher mais jovem olhou para a jóia valiosa de época mas perfeitamente cuidada e brilhante, Charlotte já viu aquela jóia. Todos olharam para aquele momento, alegremente e surpresos. Logo aplaudindo Charlotte por sua surpresa ao lado de Engfa.
A jóia de família...
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Mᥱ́rιt᥆᥉ dᥱ ᥲ꧑᥆r | Eᥒgᥣ᥆t
FanficEntre o sagrado e o eterno, Méritos de Amor revela a história de duas almas destinadas a se reencontrar em cada vida. Quando Charlotte, em sua busca espiritual, cruza o caminho de sua nova chefe, ambas são lançadas em uma jornada intensa de amor e d...