Capítulo 63

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Bangkok, Tailândia.
Casa Thung Kao.


O coração de Charlotte estava tão aflito ao ver sua amada sobre a mira de uma arma, e ainda mais, Benz encarando-a com tanta fúria em seus olhos. Charlotte temia pelo o pior, naquele momento ela tentava disfarçadamente se soltar da corda. Tentando ganhar tempo no momento também em que conversava com Benz. Entre uma provocação e mexendo com as emoções do mesmo, sobre ela.

— Benz, por favor... Eu te emploro, deixa Engfa ir. Eu realmente irei viver com você. Não faça isso de novo... — disse Charlotte, com os olhos amendrontados.

— Agora você já sabe... Engfa, quem tirou a sua vida... Ou melhor, Kanya. Consegue se lembrar agora? — perguntou Benz, rindo baixinho.

Naquele momento, Engfa relutava dentro dela para não deixar a raiva consumi-la, ela sabia que Benz estava em vantagem. Kanya a trouxe pequenos fragmentos daquela noite, e o barulho da chuva lá fora, ajudou Engfa lembrar do rosto da pessoa que tirou sua vida. Era ele, Anurak Sutham, seu meio-irmão.

— Benz... Eu não te odeio, pelo o que fez. Eu também não te odiaria se fizesse de novo. Mas... Você era meu meio-irmão. Não te doeu fazer isso comigo? Eu não tive culpa de como ele, nosso pai, te tratou — disse Engfa com sinceridade, tentando ganhar tempo.

— Você é a maior culpada de tudo, Kanya. Se você não existisse, minha vida teria sido outra... Eu teria me casado com a mulher que eu amo, e teria o respeito de meu pai. Mas você estragou tudo — disse Benz, pressionando a arma na cabeça dela, enquanto a segura.

— Benz... Benz... Calma! Não faz isso. Me escuta, tá legal... — disse Charlotte pausando, suspiro — Se tudo que você quer, é o meu amor, eu te dou. Eu prometo que podemos sair daqui e vivermos juntos aonde você quiser ... Se meu 'pai' te deu a benção, podemos fazer isso, certo? — disse Charlotte, chorando.

Naquele momento, outros passos foram ouvidos. O homem mais velho, de repente, surgiu no cômodo do andar de cima. Era Sr. Saengchai, o pai de Charlotte, ele encarou todo a cena com fúria, uma revolta quando olhou Engfa, a mulher que havia lhe dado um golpe de mestre.

— Ora. Ora. Sra. Waraha, parece que você se encontra em desvantagem agora, não é? O que deu na sua cabeça para se atrever me enganar, huh? — perguntou Saeng, olhando com raiva e em um tom de revolta.

— Não deixa ele fazer nada com ela, por favor... Eu estou te pedindo, 'pai' — disse Charlotte, forçando simpátia para tentar amenizar as coisas.

— Pai? Então você já sabe quem eu sou? Ora, não me chame assim... — disse Saeng, olhando para Charlotte, — Onde está o colar, Benz?

— Na mochila, pode pegar. É todo seu... — respondeu Benz, orgulhoso.

— Perfeito. Essa preciosidade vai embora comigo. — disse Saeng, rindo.

— Tudo isso por causa de uma jóia de família? Sua vingança é uma jóia? Nossa! — perguntou Engfa, rindo baixinho.

— P'faaa, não provoque ele. Por favor... Eu te peço... Por favor... — disse Charlotte, olhando com medo.

Benz se afastou de Engfa, indo até Charlotte que estava caída no chão 'amarrada na cadeira', o homem mais jovem olhou para ela com um sorriso vitorioso.

— Fique longe dela, seu monstro... Não ouse tocar em nenhum fio do cabelo de Charlotte — disse Engfa, nervosa.

— Parece que você não sente medo de morrer... Novamente. Não é, Kanya? Você ainda é astuta como antes, ver o perigo na sua frente e o enfrenta — disse Saeng, olhando para ela e rindo ironicamente.

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