Capítulo 10.

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Eu derrotei Damon fucking Campbell, e vê-lo tão furioso foi, sem dúvida, o ponto alto do meu dia

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Eu derrotei Damon fucking Campbell, e vê-lo tão furioso foi, sem dúvida, o ponto alto do meu dia. Ele sempre adorou me provocar, e por muito tempo eu tentei ignorar, fugir dos seus joguinhos e das suas piadinhas de mau gosto. Mas isso acabou. Agora eu sei exatamente onde atingi-lo, e vou fazer com que ele se arrependa por todos esses anos de tormento. E comecei da melhor forma possível: tirando o seu precioso título de invicto. Ele pode se achar um pitbull, mas no fundo não passa de um bunda mole.

Chego em casa, desço do carro e agradeço ao Michael pela carona. Kie já estava dormindo — ela bebeu demais e acabou passando mal, então voltamos mais cedo. Caminho até a porta de entrada, olhando discretamente ao redor para ter certeza de que meu stalker não está por perto. Deslizo a chave na fechadura e destranco a porta. Mas assim que entro e a fecho, um grito escapa dos meus lábios ao sentir uma dor aguda no couro cabeludo. Alguém agarrou meu cabelo.

Minha cabeça é puxada violentamente, sacudida no ar com arrancadas brutais. A dor irradia, como se meus fios estivessem sendo arrancados um a um, e eu grito, grito por causa da dor, enquanto meus olhos ardem, prestes a chorar. Meu corpo é jogado ao chão com brutalidade, e sinto o impacto nos quadris e nas costas. O desespero e o medo apertam minha garganta, me sufocando. Com um suspiro trêmulo, apoio as mãos no chão, tentando me levantar.

— Pode gritar à vontade, seu papai não esta aqui pra te salvar — rosnou Norma, a voz carregada de desprezo e raiva.

Eu solucei, sentindo o controle escorrer pelos meus dedos. Minhas mãos tremiam incontrolavelmente, cada músculo do meu corpo se contraía, não apenas pela dor física, mas pelo medo paralisante e pela terrível antecipação do que estava por vir.

— Norma, por favor... — implorei, minha voz saindo fraca, quase inaudivel, afogada pelas lágrimas que já começavam a escorrer.

Ela não respondeu com palavras, apenas um rugido como um animal, o som profundo e ameaçador preenchendo o ar. No escuro, vi sua silhueta se mover rapidamente, e antes que pudesse reagir, senti um golpe seco atingir meu estômago. O impacto me fez dobrar ao meio, ofegando desesperadamente, minha boca tentando formar palavras, mas minha lingua parecia se enrolar, incapaz de obedecer.

— Você quase quebrou o nariz da minha filha!
— Ela gritou com uma furia incontrolável, me acertando com outro chute, mais forte dessa vez.

O ar me escapou por completo, e eu tossi violentamente, sentindo cada músculo no meu peito queimar pela falta de oxigênio. Lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto, e o desespero me dominava. Eu chorava, mas o som era sufocado, preso na garganta, enquanto a sensação de não ter fôlego me consumia.

— Agora você é a valentona, não é? Está gostando disso, sua merdinha bastarda? — Ela gritou, sua voz agora ensandecida, enquanto agarrava meus cabelos novamente, seus dedos se enroscando com violência nos fios.

Eu gritei, meu corpo tentando lutar contra o instinto de pânico, minhas mãos se levantando automaticamente para tentar segurar seu punho, mas era inútil. Norma arrastava meu corpo pelo chão, meus joelhos raspando no piso, enquanto minha cabeça era puxada com força, a dor lancinante queimando como fogo em meu couro cabeludo.

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