Capítulo 53.

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Corri para fora do evento, as garrafas firmemente presas debaixo do braço, e olhei ao redor

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Corri para fora do evento, as garrafas firmemente presas debaixo do braço, e olhei ao redor. A rua estava repleta de carros estacionados, mas não havia uma alma viva por perto.

— Angel! — uma voz familiar chamou.

Merda.

Me virei rapidamente, forçando um sorriso ao ver Andrew se aproximar com seu típico andar confiante.

— Está fugindo de mim? — ele perguntou, com um sorriso travesso.

— E-er... N-não... — minha voz falhou enquanto eu procurava uma saída ao redor.

Por que ele tinha que aparecer agora?

— Entendi. — Ele arqueou as sobrancelhas, um brilho de diversão nos olhos. Ele sabia que eu estava mentindo. Mas, honestamente, eu não estava fugindo dele, só não queria que ele visse nada. Nem que o stalker visse ele. — Duas garrafas... — Ele indicou com um leve movimento de queixo.

Engoli em seco e respirei fundo.

— Andrew, eu tenho namorado. — As palavras escaparam sem filtro, qualquer desculpa para me livrar dele o mais rápido possível.

Ele riu suavemente, o som vibrando em seu peito enquanto se aproximava, a poucos centímetros de mim. Olhei ao redor mais uma vez, o coração batendo tão rápido que quase me roubava o ar.

— Pare de mentir, floquinho. — Sua voz saiu baixa enquanto seus dedos deslizavam pelo meu rosto, afastando um fio de cabelo para trás da minha orelha.

Senti um sorriso involuntário surgir em meus lábios.

— Você se lembra... — murmurei, prendendo o olhar no dele.

— Nunca teve um único dia em que eu me esqueci. — Ele riu baixinho, tocando a ponta do meu nariz com o dedo indicador.

Sempre odiei apelidos, mas aquele era diferente. Desde que Andrew começou a me chamar de floquinho, por causa da minha pele pálida e clara como a neve, eu até me sentia especial, pra ele. Adorava.

— Não precisa se explicar, mas se um dia decidir me dar outra chance... não vou deixar você escapar dessa vez. — Ele mordeu o lábio, inclinando-se para depositar um beijo suave na minha testa.

Suspirei baixinho, sentindo um arrepio passar pelo meu corpo. Ele me lançou um último sorriso, colocou as mãos nos bolsos do terno e voltou para o evento. Fiquei ali, paralisada, acompanhando seus passos até sumirem. Balancei a cabeça para afastar o torpor e, ao me virar, quase gritei ao ver meu stalker bem atrás de mim. Um suspiro trêmulo escapou enquanto eu dava um passo para trás, segurando as garrafas com mais força.

— Caramba, que susto... — sussurrei para mim mesma.

Ele inclinou a cabeça levemente, me analisando. Meu coração deu outro salto. Aqui fora, a iluminação era o suficiente para ver melhor os contornos da máscara, mas o capuz ainda escondia parte do rosto, mantendo-o em uma escuridão quase impenetrável.

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