Capitulo 08.

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Meu pé não parava de bater no chão

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Meu pé não parava de bater no chão. Eu simplesmente não conseguia me concentrar. Na minha mão, eu segurava a caneta com tanta força que parecia que ia parti-la ao meio. Meu lábio inferior formigava desde o momento em que cheguei nessa maldita escola do caralho. Já estamos na última aula, no último horário, e a sensação é a mesma.

Cada vez que fecho os olhos para respirar fundo pela milésima vez, tudo o que vejo são os seus olhos escuros como um abismo, tão próximos, me encarando, fitando minha boca enquanto seus dedos apertavam meu lábio. Ele é realmente bom nisso. Talvez os boatos sejam verdadeiros. Toda garota que fica com ele passa o resto da vida saltitante, sorrindo, enxergando unicórnios, estrelinhas e glitter.

Urgh! Que se dane Damon Campbell.

Não me importo se ele é tão bom com os dedos, ou com a língua, ou com... tanto faz. Não me importo com nada que venha dele. Tudo o que ele faz é só para me provocar, nunca teríamos chance de qualquer forma. Não que eu queira. E eu não quero. Mas dizem que ele não gosta de loiras. Foi o que me contaram: Damon nunca ficou com nenhuma garota loira.

E daí?

Por que as pessoas comentam isso? Ele é algum tipo de astro ou o quê? Quem se importa com quem Damon fica ou o que ele faz? Que ele se exploda junto com toda a sua arrogância e prepotência. Porque as meninas dão tanta importância pro time de basquete? Existe outros caras legais também. Deus... Que inferno.

Involuntariamente, meus punhos socaram a mesa com força, o som ecoando como um trovão. O choque percorreu meu corpo quando me lembrei que ainda estava na sala de aula. Imediatamente apertei as pálpebras e contorci os lábios, a vergonha queimando em minhas bochechas. Abri os olhos e todos os olhares estavam voltados para mim, rostos com expressões confusas e julgadoras. Se fosse eu, também julgaria, talvez até dissesse: nossa que menina estranha.

Eu pigarreei e abaixei a cabeça, encarando o teste à minha frente, como se pudesse me enfiar nele e desaparecer do mundo. Soltei a caneta e estiquei os dedos, tentando aliviar a tensão dos meus músculos. Minhas mãos tremiam, e foi então que notei os nós dos meus dedos vermelhos. Não era muita coisa, mas eu dei um bom soco ontem, não foi? Ainda consigo sentir o nariz dela contra meus dedos. Eu poderia ter batido com mais força, poderia ter quebrado o nariz dela. E ficaria imensamente feliz com isso.

 E ficaria imensamente feliz com isso

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