Capítulo 06.

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— Quer que eu peça para um motorista te buscar? — Meu pai pergunta, enquanto o motorista estacionava em frente ao colégio

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— Quer que eu peça para um motorista te buscar? — Meu pai pergunta, enquanto o motorista estacionava em frente ao colégio.

— Não, pai, eu me viro. — Respondo, pela milésima vez, sem esconder o cansaço.

— Você quer ou não quer a minha ajuda? Se tem mesmo alguém te seguindo, não pode ficar andando por aí sozinha, minha filha. — Ele retruca, a voz carregada de sarcasmo, zombando da minha paranoia.

Ontem, quando Damon me deixou em casa, a primeira coisa que fiz foi correr para os braços do meu pai. Eu só precisava de um instante de paz, um respiro. Mas agora, até eu mesma duvido de mim. Será que estou imaginando coisas? Talvez eu esteja criando fantasmas na minha cabeça, querendo tanto ser notada que minha mente resolveu inventar um perseguidor.

— Valeu, pai. — Digo, revirando os olhos enquanto puxo a maçaneta da porta.

— Volte aqui. Meu beijo. — Ele exige, a voz firme, mas com aquele tom paternal inconfundível.

Suspiro, inclinando-me para beijar sua bochecha, recebendo de volta um sorriso carinhoso. Mal tive tempo de ver sua expressão antes de sair da limusine. Baixo a cabeça, agarro minha mochila como se fosse uma armadura e corro para dentro da escola. Odeio quando ele insiste em me trazer pra escola, ainda mais de limusine. Não é normal. É humilhante. Isso só dá mais motivos para as pessoas me bajularem ou me odiarem ainda mais. Não há meio-termo. Ou você ama Angel Miller por causa do dinheiro do pai dela, ou a despreza pelo que ela é: uma vadia. Tanto faz.

Caminhei apressada pelos corredores, ignorando os olhares curiosos, e fui direto para a aula de inglês. Já havia faltado ontem, não podia me dar o luxo de faltar novamente. Não posso me atrasar no conteúdo. Escolhi uma cadeira na terceira fileira, quarta posição, e tirei meu livro e caderno da mochila. Ainda estava finalizando a terceira redação que o professor Kelleman pediu, e a aula dele era a próxima. Cheguei quinze minutos mais cedo justamente para terminar a tempo.

Os minutos se arrastaram, e os alunos começaram a ocupar as cadeiras ao meu redor. Eu me mantinha focada, até que um barulho seco fez meus ombros darem um salto.

— Cai fora. — A voz grave e rouca soou ao meu lado, carregada de autoridade.

Levantei os olhos, confusa, e vi Damon chutando a cadeira ao lado, expulsando o garoto que estava sentado. Michael, Pietro, Matthew e Jacob faziam o mesmo ao redor, expulsando quem estava por perto. Meu coração disparou, os olhos arregalados enquanto tentava processar o que estava acontecendo. Damon sentou-se à minha direita, Michael à esquerda, Pietro à minha frente, e Matthew e Jacob preencheram as cadeiras atrás de mim.

Mas que droga?

Olhei ao redor mais uma vez, buscando alguma explicação. Damon cruzou os braços, relaxando na cadeira com as pernas abertas, o maxilar tensionado a cada vez que mascava o chiclete, olhar fixo à frente. Michael me lançou um sorriso rápido, que logo desapareceu quando ele desviou o olhar. Revirei os olhos, frustrada, e sacudi a cabeça.

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