Capítulo 41.

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Kiara, Olie e eu passamos o resto da tarde completamente à mercê do Spider

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Kiara, Olie e eu passamos o resto da tarde completamente à mercê do Spider. Saímos para comprar ração, tigelinhas para água e comida, além de alguns brinquedinhos que Olie insistiu que o gato precisaria. Depois, demos uma parada no Frankie's para comer umas besteiras antes de voltar para casa.

Assim que cheguei, a primeira coisa que fiz foi tomar um banho longo e quente, sentindo a tensão do dia escorrer pelo ralo. Tirei a maquiagem que tinha usado para cobrir as manchas no meu pescoço, uma lembrança nada bem-vinda. Vesti um pijama simples, nada sensual — um conjunto cor de rosa, com shorts estampados de corações pretos e uma blusa lisa com alças pretas. Eu nunca liguei muito para o que vestia para dormir, contanto que fosse confortável.

Olhei para a cama e lá estava Spider, sentado, com seus olhos grandes e brilhantes me encarando com curiosidade, inclinando a cabeça de um lado para o outro como se tentasse entender meus movimentos. Meus lábios se abriram em um sorriso cansado, meio sem jeito, e me joguei na cama de bruços, cruzando os braços e apoiando o queixo neles, encarando o pequeno felino de perto.

— Oi — murmurei, sentindo a suavidade da minha voz preencher o quarto vazio. — Então, agora somos só nós dois, né? — continuei, a voz carregada de um tom leve, quase como se estivesse confessando um segredo. — Eu não sei muito bem como fazer isso. Nunca tive um companheirinho antes.

Spider apenas ronronou baixinho, inclinando a cabeça mais um pouquinho, como se me escutasse de verdade. Estiquei o dedo indicador e brinquei com o pingente de coração preso em sua coleira, observando-o atentamente.

— Eu gosto de ficar quietinha, sabe? — confessei. — Ouvir o silêncio, observar a noite quando tudo está calmo, sem nada além do vento se movendo lá fora. — Suspirei, sentindo o peso das minhas palavras se misturar com a leveza daquele momento. — Bom... quer dizer... até ele aparecer.

Meus dedos deslizaram suavemente pelo pelo de Spider, acariciando-o com cuidado.

— Você bem que podia me contar quem ele é, né? Se soubesse falar... — murmurei, meio rindo de mim mesma, sentindo uma estranha tranquilidade naquele instante.

Enquanto acariciava o pelo macio de Spider, um silêncio confortável tomou conta do quarto, apenas quebrado pelo ronronar suave do gatinho. Fechei os olhos por alguns segundos, tentando afastar os pensamentos turbulentos que sempre me assombravam nas noites mais tranquilas. Tudo parecia calmo, mas por dentro, minha mente girava.

De repente, o barulho de uma notificação no celular me fez abrir os olhos. Peguei o aparelho no criado-mudo, esperando que fosse algo irrelevante, uma mensagem qualquer... mas o coração deu um leve salto quando vi que era do Desconhecido.

Desconhecido: Espero que o Spider tenha gostado da nova casa.

Sentei-me na cama, sentindo uma mistura de curiosidade e nervosismo. Como ele já sabia do nome que dei ao gato? Olhei para Spider, que agora rolava pela cama despreocupado, como se nada estivesse acontecendo. Respirei fundo e respondi:

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