Dark Romance [+18]
[Livro 1]
Damon Campbell é um vício perigoso e um pesadelo. Obcecado por Angel Miller, ele a persegue como uma sombra, oscilando entre provocação e desejo, enquanto ela o odeia com todas as forças - ou tenta. Mas nem tudo é o que...
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Eu saí do colégio como uma tempestade, sem olhar para trás, o corpo ainda tremendo de raiva. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, como se minhas pernas estivessem carregando o peso de todas as palavras que Damon tinha atirado contra mim. O vento frio da noite bateu no meu rosto, ajudando a aliviar um pouco o calor que queimava dentro de mim, mas não o suficiente.
Ele fica repetindo que não sou importante, então porque ele simplesmente não me deixa em paz?
Quando finalmente cheguei em casa, senti um leve alívio ao ver as luzes apagadas. Talvez eu pudesse entrar sem ser vista. Talvez, pelo menos por essa noite, eu pudesse evitar mais qualquer tipo de confronto. Só queria paz, queria... esquecer.
Mas então eu o vi.
Parado na frente da minha casa, recostado contra seu carro, Chase me esperava. Sua postura era relaxada, mas o olhar atento demais, sombrio demais para ser ignorado. Ele estava vestido com uma jaqueta preta, a luz fraca dos postes iluminando parcialmente seu rosto, destacando o sorriso cínico que ele usava sempre que sabia que tinha o controle da situação.
Minha garganta se apertou, o estômago revirou. Era como se toda a raiva que eu sentira por Damon agora fosse substituída por um medo frio, gelado. Eu parei de andar bruscamente, sentindo o coração acelerar.
— Não tem ninguém em casa. Resolvi esperar aqui fora. — A voz de Chase era suave, quase casual, mas cada palavra parecia carregada de uma malícia oculta.
Ele se afastou do carro, movendo-se com aquela confiança fria que sempre me deixava em alerta. Quando ele se aproximou, minha respiração vacilou, o corpo paralisado pelo medo.
— Como foi no colégio hoje? — Ele parou na minha frente, estendendo a mão em direção ao meu rosto, como se fosse um gesto de carinho.
Instintivamente, dei um passo para trás, afastando-me devagar. Meus músculos tremiam, e o simples toque dele parecia fazer o sangue gelar nas minhas veias. Chase estava calmo, calmo demais, e essa calma era uma mentira. Meu queixo começou a tremer, e as lágrimas ameaçaram transbordar.
— Não pude ir ao colégio hoje. — A voz dele ficou um pouco mais fria, um sorriso irônico surgindo em seus lábios. — Meu pai está preocupado que o delinquente do Campbell me ataque de novo. Sem nenhum motivo, claro. — Ele segurou meu queixo com uma delicadeza que me fez estremecer ainda mais, forçando meu rosto para cima até nossos olhares se encontrarem. Seus olhos deixavam claro que eu era o motivo de tudo.
— Chase, eu... — Murmurei, a voz rouca e quase imperceptível, o medo me imobilizando por dentro.
— Shhh... — Ele me interrompeu, inclinando-se um pouco mais perto, os olhos fixos nos meus. — Que tal conversarmos lá dentro? — Ele sorriu, mas havia algo de monstruoso naquele sorriso.
Seu rosto estava desfigurado, com o nariz inchado e um corte aberto entre as sobrancelhas, a lembrança viva da surra que Damon tinha dado nele. A ironia de ver aquele rosto machucado me deu uma sensação de vertigem.