Enemies/Haters To Lovers + Dark Romance
• Esta história é completamente autoral e não aceito cópias, plágio é crime!
Damon Campbell é um vício disfarçado de pesadelo. Obcecado por Angel Miller, ele vive para provocá-la, transformando cada interação...
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Empurrei a porta do quarto devagar, com cuidado, e o silêncio quase absoluto da casa me deixava desconfortável. Apenas o leve tilintar da coleira de Spider quebrava a quietude enquanto ele rondava meus pés, atento como eu. Olhei ao redor, o quarto vazio, e abaixei a máscara, sentindo o alívio imediato de poder respirar melhor.
O perfume dela preenchia o ar, se espalhando como uma presença invisível e intensa que me acalmava e atiçava ao mesmo tempo. Eu sou obcecado por esse cheiro, queria que ela estivesse ao meu redor o tempo todo, só pra poder senti-lo, impregnado em mim, me tomando por inteiro.
Respirei fundo, me permitindo absorver o que restava dela ali, e fechei a porta atrás de mim. Peguei o celular no bolso e disparei uma mensagem para ela. O desconforto de não encontrá-la no quarto era mais forte do que eu gostaria de admitir. O que minha diabinha estava aprontando agora?
Caminhei até a cama, notando algumas roupas largadas ali, e meu olhar percorreu o quarto até a gaveta entreaberta do guarda-roupa. Me aproximei, e um sorriso se alargou nos meus lábios enquanto observava o conteúdo: calcinhas delicadas, algumas rendadas, outras menos ousadas, em várias cores e estilos. Meu Deus... eu morreria pra vê-la usando cada uma delas, uma a uma. A ideia percorreu minha mente, me deixando inquieto.
Com um sorriso ainda mais intenso, me virei, deixando a gaveta entreaberta e voltando o olhar para o quarto ao meu redor. Tudo ali parecia impregnado com a essência dela, cada detalhe revelando um pedaço da garota que eu ainda não conhecia por completo, mas ansiava devorar.
Ao lado da cama, reparei em um livro meio aberto, marcado com um pedaço de fita. Peguei-o com cuidado, passando os dedos pela lateral das páginas, quase com reverência. Não queria estragar nada — ela parecia ter um apego especial aos livros. Spider subiu na cama, sentando com o rabinho balançando devagar enquanto me observava, como se aprovasse minha curiosidade.
Continuei explorando, e meu olhar foi atraído pelo espelho ao lado do guarda-roupa. Me imaginei deitado na cama, observando-a se vestir, cada movimento seu um convite silencioso, uma promessa do que um dia seria meu, só meu, mais do que já é. Ou talvez... quando estivermos transando, poderei vê-la de todos os ângulos, nossos reflexos misturados ali, o calor entre nós intenso demais para disfarçar, estampado na pele.
Cheguei até a escrivaninha, onde alguns papéis e um caderno estavam empilhados. Hesitei por um segundo, mas a curiosidade venceu. Abri o caderno e encontrei rabiscos, pensamentos soltos, pedaços de um mundo interno que eu apenas arranhava a superfície. Palavras carregadas de ironia e dor, misturadas com algo que parecia uma tentativa de esperança. Ela era um quebra-cabeça, cada frase me prendendo ainda mais, deixando-me mais obcecado. Tudo ali parecia escrito com um propósito, como se ela quisesse ser decifrada, mas nunca inteiramente revelada.
Fechei o caderno e olhei ao redor mais uma vez, lembrando da pequena caixa que ela costumava esconder atrás dos livros. Caminhei até a estante e estendi o braço, puxando a caixa com uma expectativa crescente. Mas, ao abrir o feixe, encontrei apenas o vazio. Franzi o cenho, intrigado.
