Capitulo 32.

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Abri a porta do quarto de supetão, me lançando para dentro

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Abri a porta do quarto de supetão, me lançando para dentro. Quando me virei para fechá-la, uma mão surgiu e a empurrou com força, fazendo a porta ricochetear contra mim. Cambaleei para trás, o susto me paralisando por um segundo enquanto meus olhos se arregalavam ao ver Damon invadir o cômodo e fechá-la atrás de si com um movimento decidido.

Cerrei a mandíbula, tentando manter a fachada, mas minha postura desmoronou assim que ouvi o som do trinco sendo girado, trancando-nos lá dentro. Dei passos vacilantes para trás, minhas pernas pareciam de borracha. Damon apenas inclinou a cabeça para o lado, me estudando com um olhar predatório enquanto mordiscava, casualmente, um misto-quente pela metade.

Minhas panturrilhas encontraram o limite da cama, me obrigando a sentar de forma desajeitada. Prendi a respiração, nossos olhares conectados como um fio tenso prestes a se romper.

— Você desperdiçou toda a minha comida e ainda deixou seu prato quase intocado lá embaixo, anjinho. — A voz dele era baixa, suave, com uma tranquilidade que fazia cada palavra soar como um aviso velado.

Eu não sabia se ele ia passar os dedos pelos meus cabelos e beijar o topo da minha cabeça... ou se me estrangularia ali mesmo.

Ele começou a se mover em minha direção com passos lentos, meticulosos, devorando o restante do sanduíche enquanto seus olhos percorreram meu corpo como uma promessa. Eu ainda vestia apenas a calcinha e a camiseta larga com a qual tinha dormido. Meu coração acelerou conforme a distância entre nós diminuía até ele parar bem diante de mim, suas pernas se interpondo entre as minhas, forçando-me a abrir um pouco as coxas.

Com um toque firme, ele segurou meu queixo e ergueu meu rosto para que eu o encarasse. Sacudi a cabeça para me desvencilhar do contato, o gesto impregnado de raiva, mas sem conseguir esconder meu nervosismo. Por mais que ele me intimidasse, o ódio ainda fervilhava em mim.

— Soube que foi me procurar no meu quarto. O que queria, anjinho? Hum? — Ele murmurou, com um tom perigosamente suave, enquanto a ponta de seus dedos deslizava pela minha mandíbula em um gesto quase carinhoso. Reagi instintivamente, desferindo um tapa em seu braço.

— Não me toca! — Rosnei, cerrando os dentes.

— Está brava comigo? — Provocou, com um sorriso contido e olhos escuros. — Não entendi o motivo do circo lá embaixo. Tem alguma coisa pra me dizer?

Fechei a boca com força, sentindo os lábios formarem uma linha dura. Eu queria berrar, despejar toda a raiva e mandar ele ir para o inferno mais de mil vezes, mas a porta trancada atrás de nós me lembrava que eu estava encurralada. E eu não confiava nele nem por um segundo.

— Porque, pelo que eu me lembro, foi você quem me deixou com a porra do pau duro pra caralho. — Ele abaixou a cabeça, os olhos fixos nos meus, enquanto um sorriso malicioso aparecia em seus lábios. — Eu deveria estar puto aqui. Onde foi que me perdi nessa história?

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